“Em alguns locais de trabalho da nossa província as mulheres são obrigadas a usar saltos altos no local de trabalho. Tal como a maioria dos cidadãos de Colômbia Britânica, o Governo também considera que isto é errado. É por isso que estamos a mudar a lei, para impedir esta prática discriminatória e insegura”, explicou a primeira-ministra da província, Christy Clark, citada pelo The Guardian.

O salto alto obrigatório, como parte do código de vestuário, é “uma questão de saúde e de segurança no local de trabalho. Há risco de ferimento, seja por escorregar ou cair, assim como de danos nos pés, pernas e costas, por uso prolongado de saltos altos no trabalho”, acrescentou.

Neste sentido, o governo provincial fez uma revisão à legislação de trabalho de 1996.

Estas alterações vão “garantir que o calçado no local de trabalho tem uma conceção, construção e seja de um material que permite às trabalhadoras desempenhar em segurança as suas funções; e que os empregadores não podem exigir a utilização de calçado contrário a esta norma”, considerou a ministra do trabalho Shirley Bond.

No centro desta questão está o debate sobre as pressões e exigências feitas às mulheres no local de trabalho no que concerne o seu aspeto. Condições que por vezes não são impostas a homens que desempenhem as mesmas funções.

O debate não é novo, em maio de 2015 estalou a polémica em Cannes depois de, alegadamente, algumas mulheres terem sido impedidas de entrar na cerimónia dos prémios de cinema por não usarem saltos altos.