“Neste partido, nós não obedecemos a ninguém, nós não temos compromissos com Lisboa, nós não temos medo de nada, nós temos a coragem de dizer que em primeiro lugar está a liberdade e o direito do povo madeirense”, disse o líder social-democrata, que é também presidente do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP.

Miguel Albuquerque falava num comício/festa, na ilha do Porto Santo, que assinalou a reentrada política após as férias de verão.

“Hoje, como no passado, nada mudou”, disse, reforçando que se vive na Madeira “uma bipolarização completa”.

“De um lado estamos nós, os autonomistas, aqueles que sempre defenderam a liberdade e o direito do nosso povo se autogovernar, do outro lado estão os socialistas ao serviço do centralismo de Lisboa”, afirmou.

O líder social-democrata insular acusou ainda o PS/Madeira de ter “complexos de inferioridade” e de estar sempre a “dar tiros nos pés”.

“São provincianos, que gostam de ser mandados e estão sempre à espera que São Bento venha dizer como devem fazer”, sublinhou, considerando que, pelo contrário, o PSD tem uma “obra monumental” na região e vai continuar nesse caminho.

Miguel Albuquerque disse também que nunca na história do arquipélago se verificou tão grande “concentração de forças anti-autonómicas” como desde 2019, lideradas pelo PS, no sentido de “tomar o poder a qualquer custo”.

No entanto, lembrou, o resultado foram cinco derrotas eleitorais consecutivas — as europeias, em maio de 2019, as regionais em setembro e as nacionais em outubro desse ano, as autárquicas em outubro 2021 e as nacionais antecipadas em janeiro de 2022.

“Cinco vitórias dos autonomistas, cinco derrotas estrondosas do socialismo colonialista”, afirmou Miguel Albuquerque, realçando que o “segredo fundamental” do PSD para se manter no governo da região há quatro décadas reside na “unidade”.

“Só conseguimos derrotar os nossos adversários quando estamos unidos, só conseguimos nos mobilizar quando largamos as questões particulares e nos mobilizamos face aos grandes objetivos de serviço à causa da social-democracia e autonomia”, disse.

No comício no Porto Santo, o líder do PSD/Madeira alertou para a atual conjuntura internacional de crise, mas salientou estar otimista quanto ao futuro e reiterou ser “prioritária” a vitória do partido nas eleições regionais de 2023.

Miguel Albuquerque anunciou que o PSD pretende auscultar, a partir de setembro, a população dos onze concelhos da região autónoma, com vista a elaborar um programa de governo “em consonância com as legítimas aspirações dos madeirenses e porto-santenses”.

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