“Acabo de assistir a um exercício impressionante dos nossos soldados e comandantes provenientes de todas as zonas do país e que estão decididos a defender-nos e a garantir uma vitória também aqui”, afirmou o chefe do Governo israelita numa mensagem de vídeo divulgada um dia depois de ter visitado a fronteira norte de Israel e de ter presenciado as operações da Brigada 55.
O Presidente israelita, Isaac Herzog, acompanhado pela mulher, Michal Herzog, também concluiu hoje uma deslocação ao norte de Israel, onde nos últimos dois dias visitou diversas cidades perto da fronteira com o Líbano, onde permanece um clima de elevada tensão.
“Insisto que a comunidade internacional não pode ficar surpreendida com a escalada da situação nesta zona, uma vez que não fez praticamente nada para contribuir para a segurança total dos habitantes de Israel, apesar das repetidas violações dos tratados e acordos internacionais por parte do [movimento xiita libanês] Hezbollah”, assinalou Herzog durante a visita.
Nas mesmas declarações, o Presidente israelita entendeu enviar uma mensagem aos mais de 60 mil deslocados das localidades do norte perto da fronteira.
“Estamos unidos nesta batalha. Restauraremos a paz e a tranquilidade e reconstruiremos”, afirmou.
O conflito fronteiriço entre Israel e o Hezbollah iniciou-se em 08 de outubro, no dia seguinte ao início da guerra na Faixa de Gaza, após o movimento xiita libanês anunciar a sua solidariedade para com a população palestiniana e com o Hamas, que controla o enclave desde 2007.
O fogo cruzado e os ataques aéreos israelitas intensificaram-se nas últimas semanas, suscitando receios de uma guerra aberta entre as duas partes.
Diversos analistas consideram que este cenário de conflito aberto poderá ocorrer durante o corrente verão.
O Governo de Israel tem aumentado o tom nas últimas semanas contra o poderoso movimento apoiado pelo Irão, e o Exército israelita anunciou recentemente a aprovação de planos operacionais para uma ofensiva em território libanês.
Os confrontos transfronteiriços entre Israel e o Hezbollah, aliado do Hamas, eclodiram na sequência do ataque do movimento islamita palestiniano no sul do território israelita em 7 de outubro de 2023, com um balanço de cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza que já provocou mais de 37 mil mortos.
O Hezbollah afirma que já efetuou mais de 2.100 operações militares contra Israel desde 08 de outubro, e na semana passada intensificou os seus ataques contra alvos militares no norte do país após a morte de um dos seus principais comandantes num ataque aéreo israelita.
Mais de oito meses de violência provocaram pelo menos 473 mortos no Líbano, na maioria combatentes do movimento xiita libanês, e 92 civis para além de dezenas de milhares de deslocados, segundo a agência noticiosa AFP.
De acordo com Israel, foram mortos no mesmo período 15 soldados e 11 civis israelitas.
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