No decurso de uma mensagem ao país transmitida hoje à noite pela televisão, após ter ocupado todo o dia em reuniões com responsáveis pela segurança, Netanyahu prometeu “reduzir a escombros” todos os esconderijos do Hamas no enclave palestiniano de dois milhões de habitantes e admitiu que a guerra vai “demorar tempo”.
O primeiro-ministro israelita ameaçou ainda com pesadas consequências caso os reféns israelitas detidos pelo Hamas sejam molestados “num único cabelo”.
“Vamos derrotá-los até à morte e vingar este dia negro”, disse.
Ao qualificar Gaza como a “cidade do mal”, o governante assinalou ainda na sua alocução que Israel irá “reduzir a escombros” todos os lugares “onde o Hamas se esconde”.
“Devem sair daí agora porque vamos agir por todo o lado com a nossa força”, prosseguiu, dirigindo-se aos habitantes de Gaza.
Em paralelo, o partido Likud (direita nacionalista), a força política de Netanyahu, informou que o primeiro-ministro sugeriu aos dois principais líderes da oposição a formação de um “amplo governo de emergência” para enfrentar a guerra aberta na região da Faixa de Gaza.
A oferta foi dirigida a Yair Lapid, líder do partido Yesh Atid, e a Benny Gantz, do partido Unidade Nacional. Este último já admitiu estudar a possibilidade de participar num governo enquanto durar a guerra.
Previamente, Lapid tinha já sugerido a formação de um Governo de unidade para “supervisionar a difícil, complexa e prolongada campanha” que Israel tem pela frente, defendendo a necessidade de “uma classe política profissional, experimentada e responsável”.
O líder do Yesh Atid também não duvidou da disponibilidade de Benny Gantz, ex-ministro de Defesa, para se juntar ao governo de unidade, assinalando que com tal decisão o país “deixa claro” aos seus inimigos que “a maioria absoluta dos cidadãos de Israel apoiam as Forças Armadas e as chefias militares”.
“Vamos deixar claro ao mundo, a nível internacional, que o povo de Israel se une e permanece unido caso existam ameaças”, frisou.
O ataque surpresa hoje lançado pelo Hamas contra o território israelita, numa operação com o nome “Tempestade al-Aqsa”, envolveu o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.
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