As declarações de Benjamin Netanyahu acontecem um dia depois de Israel ter realizado ataques aéreos em grande escala contra objetivos iranianos na Síria e o sistema de defesa antiaéreo sírio.
“Deixamos inequivocamente claro a todo o mundo que as nossas regras de ação não mudaram nada”, disse Netanyahu em comunicado, acrescentando ainda que Israel irá responder em cada tentativa de ataques contra si.
Os ataques das forças israelitas na Síria acontecem depois de Israel ter intercetado um drone do Irão que se infiltrou no seu espaço aéreo e de um F-16 israelita ter sido derrubado quando voltava a Israel desde a Síria.
Os pilotos do avião injetaram-se antes de o aparelho cair no norte de Israel, tendo um ficado seriamente ferido enquanto no outro os ferimentos são ligeiros.
Israel não confirmou que o seu avião foi abatido pelo fogo inimigo, o que seria a primeira vez desde 1982, quando combatia na guerra no vizinho Líbano.
Com o avançar da guerra na Síria, que já dura há quase sete anos, Israel tem manifestado cada vez mais alarme de que o Irão e os seus aliados xiitas estabeleçam uma presença permanente na Síria e que possa fazer de Israel o seu objetivo.
Para os líderes israelitas, os ataques aéreos de sábado são uma mensagem clara ao Irão.
"Nós não falamos apenas, nós agimos", disse o ministro Yoav Galant, membro do gabinete de segurança de Netanyahu, deixando ainda um aviso aos sírios das consequências de estarem aliados ao Irão.
Os ataques aéreos de sábado foram os mais fortes por parte de Israel na Síria em décadas.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que monitoriza a guerra na Síria através de uma rede de ativistas no terreno, disse hoje que pelo menos seis soldados sírios e milicianos aliados foram mortos nos ataques.
O ministro responsável pelos serviços de informações de Israel, Yisrael Kats, considerou que estas ações demonstram o poder de Israel de saber tudo o que se passa no terreno.
Israel critica desde há muito tempo do envolvimento do Irão e do Hezbollah na guerra da Síria. Ambos enviaram forças para apoiar o regime de Bashar al-Assad.
Israel diz que não aceitará uma presença militar permanente do Irão e dos seus aliados xiitas na Síria, especialmente perto da sua fronteira.
Netanyahu já falou por várias vezes com o Presidente russo Vladimir Putin, que também enviou forças para apoiar Assad.
Os dois falaram novamente no sábado, com Netanyahu a transmitir a determinação de Israel para combater as intenções do Irão.
Ainda assim, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia criticou as ações de Israel, ao pedir respeito pela soberania da Síria e atenção à segurança dos militares russos na Síria.
Os Estados Unidos, por outro lado, apoiaram fortemente Israel, considerando que as ações do Irão estão a ameaçar todo o Médio Oriente.
Comentários