“Lamentavelmente (a oposição) tem tratado de manter ocultas as conversações preparatórias, que duram meses”, disse durante uma alocução televisiva, transmitida a partir do palácio presidencial de Miraflores.
Maduro sublinhou que o Governo e a oposição estão “perto de alcançar um acordo” e precisou que o México, Chile, Nicarágua e Bolívia vão participar, como mediadores, na reunião prevista para 27 de setembro, na República Dominicana.
Segundo Nicolás Maduro “a Venezuela tem uma democracia sólida, que é capaz de suportar ataques nacionais, violência, tentativas de golpe de Estado”.
“Todos os dias, em todos os países, há uma campanha contra a Venezuela, sem direito a defesa. A imprensa internacional constitui-se em procuradora, juiz, parte e algoz. Terminam tentando enforcar e destruir a esperança venezuelana”.
A aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) anunciou sexta-feira que quer ver submetido a um referendo popular os eventuais acordos que venham a surgir de uma nova etapa de diálogo com o Governo do Presidente Nicolás Maduro.
“Levantámos (no debate) a necessidade de submeter a um referendo popular, qualquer acordo que surja num eventual processo de negociação”, explica um comunicado da MUD.
O documento, foi divulgado depois de a oposição e o Governo venezuelano terem chegado, quinta-feira, a um acordo para voltar a encontrar-se, a 27 de setembro, na República Dominicana, para continuarem a explorar possibilidades de diálogo.
No comunicado, a MUD divulga as condições exigidas, durante as reuniões de quarta e quinta-feira, na República Dominicana, para uma possível negociação com o Governo do Presidente Nicolás Maduro.
Entre essas condições, está “a renovação equilibrada” do Conselho Nacional Eleitoral e o estabelecimento de um calendário eleitoral com garantias de justiça, sem impedimentos legais, datas precisas, incluindo uma eleição presidencial, em 2018, e missões de observação internacional qualificadas, compostas por países amigos, instituições multilaterais e testemunhas nas negociações.
Também a libertação de todos os presos políticos, o regresso dos exilados e o fim das perseguições políticas, assim como a normalização constitucional do país e a imediata atenção à emergência humanitária na Venezuela.
A oposição disse ter “o objetivo fundamental de salvar a Venezuela” e, para isso, é “indispensável a substituição constitucional do regime de Nicolás Maduro”, através de uma mudança democrática e pacífica.
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