“Vamos ao renascimento da nossa pátria, na íntegra, da Venezuela, da sua economia, cultura, do espírito nacional. […] Chamo os jovens a revolucionar tudo o que houver que revolucionar, a mudar o que houver que mudar. A melhorar tudo e a lutar contra os burocratas e corruptos, estejam eles onde estiveram”, afirmou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Maduro falava em Caracas ao finalizar a “Grande Marcha da Juventude Patriótica”, que assinalou o Dia da Juventude e o 208.º aniversário da Batalha da Vitória, que marcou a luta pela independência da Venezuela.
Na marcha participaram vários milhares de jovens venezuelanos e simpatizantes do ‘chavismo’, que percorreram 14 quilómetros, desde a localidade de Petare (leste de Caracas) até ao centro da cidade, capital do país.
“Chamo-vos a um renascimento […], à nova era de transição para o socialismo bolivariano, ‘indo-latino-americano’. Vocês vão ser os protagonistas desta etapa, rumo a 2030”, disse o chefe de Estado.
Maduro sublinhou ainda que vão ser “oito anos da reta final da [consolidação da] era bolivariana, da nova época de construção, da transição ao socialismo”.
Por outro lado, voltou a condenar as sanções internacionais impostas sobre a Venezuela, vincando que, com a chegada da pandemia da covid-19, os jovens venezuelanos foram os mais afetados.
“Queriam roubar outra vez o futuro da nossa pátria, com as sanções criminosas, com agressão permanente. […] Se alguém se viu afetado pelas sanções e depois com a pandemia, foram vocês, porque houve que suspender as aulas, a atividade musical cultural e desportiva a zero e a juventude teve de se ‘inventar’ para superar os tempos de pandemia”, disse Maduro, precisando que “já está chegando um tempo melhor”.
Por outro lado, instou os jovens a assumir o compromisso dos “3R.next” (Revisão, Retificação e Reimpulso).
“Não se deixem despolitizar. […] Um povo despolitizado é vítima de manipulação”, sublinhou.
Nicolás Maduro recordou o seu antecessor, Hugo Chávez (1954-2013), que “se converteu num ‘mito’ mundial da luta pela justiça e pelo socialismo, pelos povos e foi muito atacado em vida”.
“E ainda é atacado por uma esquerda covarde que tem inveja pelo exemplo e legado do comandante Chávez. Uma esquerda covarde que não se atreve a enfrentar o capitalismo e a oligarquia”, frisou.
O Presidente da Venezuela pediu ainda aos jovens venezuelanos que se eduquem e se formem ética e politicamente com “os valores do bolivarianismo, do chavismo, do socialismo do século XXI” e que o ajudem a combater a corrupção, a criminalidade e o burocratismo.
“Perante a corrupção e a putrefação mais revolução, mais revolução e mais revolução”, disse.
FPG // TDI
Lusa/Fim
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