“Quis ser o primeiro a dar o voto para a paz, a soberania e a independência da Venezuela (…). Hoje é um dia histórico”, disse Maduro depois de votar diante de alguns convidados internacionais que foram convidados pelo Conselho Nacional de Eleições (CNE) para observar o sufrágio.
Maduro votou poucos minutos depois das 06:00 horas locais (11:00 horas em Lisboa). O seu voto foi transmitido pela televisão estatal venezuelana VTV, que logo passou imagens do arranque das votações em vários centros eleitorais no interior do país.
O segundo voto do dia foi o da primeira-dama, Cilia Flores, também candidata à Assembleia Nacional Constituinte.
O Presidente também reiterou o convite aos venezuelanos para votarem “com fé, esperança e amor”, buscando “a reconciliação, a justiça, a verdade e para superar os problemas” da Venezuela.
“Peço a Deus todas as bênçãos para que o povo possa exercer livremente o seu direito democrático”, adiantou hoje Maduro, em alusão a todos os planos ativados pelo CNE para fazer frente ao que qualificam como “ameaças antidemocráticas” dos opositores à Constituinte.
“Oxalá o mundo abra os seus olhos sobre a nossa amada Venezuela, apaguem toda a sua campanha imperial que se fez e estendam as suas mãos”, referiu Maduro, que vê na Assembleia Nacional Constituinte um “superpoder que vai poder reencontrar o espírito nacional”.
O Presidente declarou que a Venezuela é “um país em paz, exercendo o seu direito de voto”.
São chamados a votar mais de 19,8 milhões de venezuelanos nestas eleições.
Segundo dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) foram admitidas 6.120 candidaturas que disputam 545 cargos a eleger, 8 deles em representação indígena. Do total das candidaturas, 3.546 são por representação territorial e 2.574 de âmbito setorial ou local.
A convocatória para a Assembleia Constituinte foi feita a 01 de maio pelo Presidente, Nicolás Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.
A oposição venezuelana, que decidiu não participar nas eleições, acusa Nicolás Maduro de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.
Segundo o ministro venezuelano do Interior e Justiça, Néstor Reverol, foram instalados 96 pontos para denúncias sobre delitos eleitorais.
Para as eleições, o Conselho Nacional Eleitoral ativou 24.139 mesas, ao longo dos 335 municípios da Venezuela, em 14.515 centros eleitorais.
Cento e quarenta e dois mil funcionários dos organismos de segurança estão encarregados de vigiar os centros eleitorais e as Forças Armadas ativaram várias zonas de proteção especial temporária, desde as 00:01 horas de sexta-feira, até às 23:50 horas da terça-feira, 01 de agosto.
O encerramento dos centros está previsto para as 18:00 horas locais (23:00 em Lisboa), se não existirem eleitores em fila para votar.
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