"Nós estamos a preparar. Temos 18 (das 23) governações do país, a Assembleia Nacional Constituinte e, com a ajuda de Deus e do povo, a reeleição (em 2018) do nosso irmão Nicolás Maduro, como Presidente da República", disse.

Tareck El Aissami falava na cidade Maracay, Estado de Arágua (100 quilómetros a leste de Caracas), num encontro como militantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), durante o qual se referiu às mais recentes eleições de governadores do país, às municipais previstas para 10 de dezembro, e às presidenciais de 2018.

"Em Arágua, todas as sondagens dizem que ganharemos as 18 câmaras municipais do Estado. A 30 de julho (eleições para a Assembleia Nacional Constituinte) votámos pela paz e conseguimos. A 15 de outubro saímos para garantir a paz em mãos dos governadores e igual passará a 10 de dezembro", frisou.

Por outro lado, acusou a oposição de estar a tentar boicotar e sabotar as eleições municipais de dezembro, vincando que "nunca conseguirão fazer o povo render-se pela via da violência".

"Eles (opositores) têm um amo. Chamam-lhes da embaixada ‘gringa' (norte-americana) e o adido de negócios lhes dão ordens. São umas marionetes de Donald Trump, por isso a nossa obrigação como povo é derrotá-los, para que nunca mais governem este país", frisou.

Segundo fontes não oficiais, as eleições presidenciais venezuelanas poderão ocorrer no terceiro trimestre de 2018.

Durante o encontro, Tareck El Aissami pediu aos apoiantes que se concentrem em ajudar os esforços do Presidente para recuperar a economia do país, que se debate com situações de incumprimento de pagamento de dívida pública o que levou várias empresas de notação a declarar a Venezuela como um "default seletivo".

Com uma das maiores reservas de petróleo e de gás do mundo, a Venezuela, debate-se com uma alta criminalidade, uma crise política e económica, que tem levado dezenas de milhares de venezuelanos a emigrarem.

A oposição venezuelana insiste na abertura de um canal humanitário em matéria de medicamentos e alimentos que escasseiam no país.

Dados não oficiais dão conta que a inflação acumulada será de mais de 1.000%, até finais de 2017, e de mais de 4.000%, em 2018.