Num comunicado de imprensa, o MNE francês "apela a um regresso imediato à ordem constitucional no Níger, em torno do Presidente Bazoum, eleito pelo povo".
Em 2022, a ajuda pública francesa ao desenvolvimento para o Níger ascendeu a 120 milhões de euros, e um montante ligeiramente superior estava previsto para 2023, mas não será entregue ao país, de acordo com o governo.
Na sexta-feira, o Presidente francês Emmanuel Macron, que está de visita à Papua-Nova Guiné, condenou fortemente o golpe militar no Níger, que é "perigoso" para a região, e apelou à "libertação" do Presidente Bazoum.
Situado no coração do Sahel, o Níger – um dos países mais pobres do mundo - é um vasto território desértico com uma população de cerca de 20 milhões de habitantes, e uma das taxas de crescimento demográfico mais elevadas do planeta.
O Níger era um dos últimos aliados da França no Sahel, uma região afetada pela instabilidade, insegurança e ataques jihadistas.
A França, que pôs fim à operação antiterrorista Barkhane e se retirou do Mali sob pressão da junta de Bamako, tem atualmente 1.500 militares destacados no Níger, que até agora operavam em conjunto com o exército nigerino.
Também a União Europeia anunciou hoje que suspendeu “por tempo indeterminado e com efeito imediato” todas as ações de cooperação com o Níger no domínio da segurança, assim como o apoio financeiro, após o golpe de Estado no país africano.
O golpe desta semana já foi condenado pela comunidade internacional, que se tem manifestado preocupada com a instabilidade da região, com vários países a serem geridos por regimes não-democráticos e com grande tensões associadas ao extremismo islâmico e terrorismo.
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