Com a totalidade dos votos apurados, a Comissão Eleitoral Central anunciou a vitória do bloco liderado por Pachinian, que obteve 70,44%.
Já o Partido Republicano do ex-primeiro-ministro e antigo Presidente Serge Sargsián, que governou o país durante as duas últimas décadas, só alcançou 4,70% dos votos, não alcançando os 5% exigidos para entrar na nova Assembleia Nacional (parlamento).
O carismático Nikol Pashinian, de 43 anos, convocou eleições antecipadas com o objetivo de reforçar o controlo do parlamento, dominado pelos seus adversários, e assim reforçar o poder, ao qual chegou em maio após liderar os maiores protestos anti-governamentais da história deste país.
Pashinian, um antigo jornalista que se envolveu na política, liderou durante várias semanas as manifestações contra o Governo então no poder há mais de dez anos.
Contudo, Pashinian confrontava-se com um parlamento amplamente dominado pelo partido do ex-Presidente Serge Sarkissian, o motivo essencial para a antecipação do escrutínio.
Em meados de outubro, Pashinian protagonizou uma manobra política ao anunciar a demissão e fez um acordo com os deputados para que chumbassem por duas vezes consecutivas a eleição de um novo chefe de Governo, o pretexto para a dissolução do hemiciclo e a convocação das eleições antecipadas.
O escrutínio foi fixado para este domingo, quando as próximas legislativas nesta ex-república soviética do Cáucaso do Sul estavam previstas para 2022.
“Depois das eleições, vamos desenvolver a democracia na Arménia e fazer uma revolução económica”, disse então Pachinian aos jornalistas depois de ter votado nas urnas de Erevan.
Segundo os analistas, Pashinian, considerado como um herói nacional durante os protestos antigovernamentais da primavera, optou por convocar estas eleições no momento em que atingiu o topo da popularidade.
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