Numa mensagem divulgada a propósito deste dia, instituído em dezembro de 2000 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres lembrou a adoção, há cinco anos, pela comunidade internacional, do Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular, mas lamentou que muitas das medidas consagradas no acordo continuem "a ser a exceção e não a regra".

"Hoje e todos os dias, temos de trabalhar para uma gestão mais humana e ordenada da migração em benefício de todos, incluindo as comunidades de origem, de trânsito e de destino", considerou.

A diretora-geral adjunta de Operações da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Ugochi Daniels, defendeu, na semana passada, que o Dia Internacional dos Migrantes é uma oportunidade para a imprensa, juntamente com a comunidade internacional, trabalharem em conjunto para evitar "perpetuar estereótipos sobre os migrantes e reforçar preconceitos negativos ou conceitos errados".

Abordando os principais desafios que os migrante enfrentam, aquela responsável da OIM referiu a crise climática, que poderá expor até três mil milhões de pessoas a ondas de calor extremas até 2090, num cenário de aquecimento global elevado.

A ONU estima que haja atualmente à escala mundial 114 milhões de pessoas deslocadas, incluindo 36 milhões de refugiados.