“Aproveitamos simbolicamente o Dia Mundial da Internet, dia 17 de maio, para iniciarmos esta campanha a que podemos ligar a ideia de utilização de Internet de uma forma segura, por isso lançamos um ‘hashtag’ que nos parece particularmente elucidativo que é #LerAntesClicarDepois e que permite de alguma maneira trazer a todas as pessoas, com mais ou menos literacia digital, um processo muito pedagógico para fomentar comportamentos seguros”, afirma Mário Campolargo.
Ou seja, “para que qualquer pessoa possa no seu dia-a-dia interiorizar e mecanizar comportamentos seguros”, enfatiza o governante.
Mário Campolargo refere que, hoje em dia, “há um conjunto de comportamentos” que, sem que as pessoas se apercebam, podem levar a que, quer seja na utilização de palavras chave, nas compras ‘online’ ou até mesmo quando se acede a informação através das redes sociais, se tente capturar informação que não é conveniente, o que resulta muitas vezes da “não interiorização de comportamentos seguros na Internet”.
E é “por isso que esta campanha que se lança de facto à volta do Dia Mundial da Internet visa dar às pessoas as ferramentas para que elas interiorizem esses comportamentos no dia-a-dia”, sublinha.
“Conseguimos isso com um conjunto de pequenos vídeos bastante simples e pedagógicos para que as pessoas ao vê-los na televisão ou noutros meios de comunicação possam de alguma maneira adaptar-se a esses comportamentos de uma forma quase automática”, prossegue.
Os vídeos “têm uma duração muito curta e que se focam num conjunto de casos que permite que [as pessoas] se identifiquem com eles e vão ser passados através da RTP, são aliás uma parceria com a RTP e também com outras entidades. E porquê outras entidades? Porque essencialmente nós queremos chegar com a mensagem o mais longe possível”, refere.
Os vídeos vão ser transmitidos nos próximos três meses e vai ser possível vê-los em lugares como as Lojas de Cidadão, centros de saúde e até mesmo nos consulados e nos transportes públicos. A ideia é reforçar junto de todas as pessoas e organizações a informação sobre o bom uso do ciberespaço.
Com a pandemia, e consequente aumento da utilização da Internet, o número de incidentes de cibersegurança e de cibercrime aumentou, o que torna “premente”, de acordo com o gabinete do secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, a sensibilização constante da população para os cuidados de cibersegurança básicos que qualquer pessoa deve aplicar.
Esta campanha, que é multiplataforma, resulta de um trabalho conjunto com o Conselho Superior de Segurança no Ciberespaço, é composta por uma brochura informativa, cartões com mensagens de alerta, e por um ‘kit’ de vídeos curtos em formato de animação, que tratam temas variados, desde o uso das palavras-passe, as compras ‘online’, o ‘cyberbullying’ até aos cuidados a ter com as redes sociais, passando pelos perigos a considerar em relação aos ataques através de ‘emails’, SMS ou telefonemas.
Terá divulgação nas redes sociais e, além de ter a parceria com a RTP, conta também com o Centro Internet Segura, universidades, municípios, empresas e organismos da Administração Pública para que possa chegar a todas as pessoas independentemente do seu nível de literacia digital, de acordo com o gabinete do governante.
“Isto é complementar às atividades que nós temos relativamente às empresas e às entidades maiores que são objeto de ciberataques”, acrescenta Mário Campolargo.
Os cibertaques “começam muitas vezes através da próprias pessoas”, quer no âmbito familiar como social, pessoal, “mas também no âmbito profissional e, portanto, é dar-lhes estas condições” para que todos “tenham esta consciência dos comportamentos seguros”, reforça.
Isto é “particularmente importante” não só para defender as pessoas nos vários ambientes em que estão, como também para ajudar a defender as empresas, diz.
A campanha conta ainda com um evento hoje à tarde, no Teatro Thália, em Lisboa, que contará na abertura com o coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), Lino Santos, e terá um debate sobre “Como promover o bom uso do ciberespaço”. A sessão de encerramento será feita pelo secretário de Estado.
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