“Peço-lhes mais uma vez que levem a sério este vírus traiçoeiro. A nova variante Ómicron parece ser ainda mais contagiosa do que as anteriores. Vacinem-se. Não importa se é uma vacinação primária. Ou um lembrete. Qualquer vacinação é útil”, afirmou a chanceler na mensagem de vídeo emitida.

A chanceler alemã voltou a lembrar que a quarta onda de covid-19 que atingiu a Alemanha foi “muito séria”, ou mesmo “dramática” em algumas áreas onde as unidades de terapia intensiva ficaram sobrecarregadas.

Angela Merkel agradeceu também à “grande maioria” dos que “respeitam as regras”, contra a propagação da doença covid-19, e “mostram todos os dias este sentido cívico tão maravilhoso – e sem o qual nenhum chanceler e nenhum governo podem fazer nada”.

Na quarta-feira, o parlamento federal alemão procede à eleição para o cargo de chanceler do social-democrata Olaf Scholz, pondo termo aos 16 anos de Angela Merkel no poder.

Um dos primeiros projetos da coligação com Verdes e Liberais liderada por Olaf Scholz é aprovar um projeto de vacinação obrigatória na Alemanha, de fevereiro ou março de 2022, para o qual grande parte da classe política acabou mobilizada.

A mensagem de Angela Merkel foi a mais recente em mais de 600 podcasts de vídeo que gravou nos 16 anos como chefe da Alemanha.

“Na época, era bastante excecional para um chefe de governo também se dirigir ao público diretamente pela internet”, lembra no episódio hoje divulgado.

Privilegiando este meio de comunicação para abordar “assuntos que lhe são queridos” (meio ambiente, cultura, segurança, digitalização, igualdade de direitos, luta contra o anti-semitismo), Angela Merkel tem multiplicado, há quase dois anos, as mensagens pandémicas nesse canal.

A vacinação obrigatória — a que Scholz é favorável — poderá mesmo ser aprovada até ao final do ano, para entrar em vigor em fevereiro ou março de 2022.

O Governo alemão confirmou na quinta-feira que um projeto de lei sobre a vacinação obrigatória vai ser submetido ao parlamento.

Olaf Scholz, de 63 anos, deve ser eleito quarta-feira por uma maioria dos 736 deputados do Bundestag (câmara baixa), antes da passagem de poder, no mesmo dia, da chanceler cessante.

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