“Queremos aumentar os níveis desta cooperação, que já estão em muito bom estágio”, disse o chefe da diplomacia norueguesa, falando à imprensa, à margem do Fórum Empresarial da Noruega que decorre desde hoje na capital moçambicana.
Além do setor da energia, onde Moçambique “tem um forte potencial”, Borge Brende manifestou a intenção de aumentar a cooperação na área das pescas, um forte catalisador das economias dos países com acesso direto ao mar.
“Será um processo de aprendizagem mútua”, declarou Borge Brende, destacando que a localização geográfica e a riqueza do solo fazem de Moçambique uma “terra para investir”.
Apesar do otimismo para o futuro de Moçambique, Borge Brende disse que a conjuntura atual, marcada pela desvalorização do metical, a subida do custo de vida, aumento da inflação e uma crise política que opõe Governo e oposição, é um grande desafio, mas, ao mesmo tempo, um momento para o país aprender.
“Nós somos amigos também em momentos difíceis”, frisou o governante norueguês, que salientou a importância de um bom ambiente de negócios para um país com “forte potencial” como Moçambique.
Por sua vez, o ministro moçambicano da Indústria e Comércio, Max Tonela, disse que a Noruega tem sido um dos parceiros mais importantes para o país africano, acrescentando que este é o momento ideal para elevar as parcerias entre o setor privado dos dois estados.
Max Tonela manifestou ainda a intenção de trocar experiências com a Noruega no domínio da pesca, na medida em que o país europeu tem uma larga experiência na área.
“Queremos uma parceria cada vez mais forte”, sublinhou o governante moçambicano, apontando também os setores da agricultura e da indústria como prioridades.
Além de um memorando de entendimento para impulsionar o setor de caju, assinando hoje entre empresários dos dois países, durante a visita de Borge Brende a Moçambique, serão concluídos vários outros documentos para dinamizar a cooperação, além de estarem agendados encontros com quadros do Governo moçambicano.
Dados oficiais indicam que a Noruega já investiu cerca de 500 milhões de dólares (456 milhões de euros) no setor da energia em Moçambique.
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