“Estamos à espera, mas ainda não definiram quais são as nacionalidades dos mortos. Ainda não sabemos. Mesmo dos feridos, ainda não se sabe nada. Ainda não disseram nada”, disse à Lusa Sónia M., portuguesa residente na cidade de Nice e que se encontrava hoje de manhã (cerca das 09:00 em Lisboa) numa zona próxima do local onde decorreu o atentado na quinta-feira à noite, que provocou até ao momento 84 mortos e mais de 100 feridos, 18 dos quais em estado crítico.
“Está tudo triste, isto já vai em mais de oitenta mortos. O camião ainda está lá em baixo na zona do Passeio dos Ingleses (Promenade des Anglais) e as pessoas têm medo. Olham umas para as outras. Lá em baixo, estão a investigar e a limpar a estrada, porque aquilo está inundado de sangue”, acrescentou a portuguesa.
Sónia M., que trabalha num restaurante português próximo do Passeio dos Ingleses, onde se registou o ataque terrorista recordou à Lusa que o ataque ocorreu durante as comemorações do 14 de julho (Tomada da Bastilha), enquanto milhares de pessoas, entre as quais muitos turistas, assistiam a um espetáculo de fogo-de-artifício.
“É sempre uma grande de festa e cheia de turistas e nós portugueses também. Faz-se uma grande festa pelo 14 de julho, com fogo-de-artifício, e isto foi uma surpresa. Nós já nem sabemos onde devemos estar. Foi um susto completo. Imaginem-se as crianças como devem estar. Isto é o fim do mundo”, lamentou.
Entretanto, uma fonte da Câmara Municipal de Nice disse à Lusa que decorre neste momento uma reunião de emergência na autarquia, sobre o atentado.
O ataque em Nice, sul de França, na quinta-feira à noite, com um camião a atropelar as pessoas que assitiam ao espetáculo de fogo e artifício, fez pelo menos 84 mortos e 18 feridos continuam em estado considerado crítico, segundo um novo balanço do Governo francês.
Um homem lançou um camião sobre uma multidão na avenida marginal da cidade de Nice, a Promenade des Anglais, que na quinta-feira assistia a um fogo-de-artifício para celebrar o dia nacional de França.
As autoridades francesas consideram estar perante um atentado terrorista e o Presidente da França, François Hollande, anunciou o prolongamento por mais três meses do estado de emergência que vigora no país desde o ano passado.
A autoria do ataque ainda não foi reivindicada.
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