A Catedral de Notre-Dame foi edificada em 1163, iniciou a função religiosa em 1182, embora os trabalhos de construção tenham prosseguido até 1345.

A sua primeira pedra foi colocada por ordem do Bispo de Paris, Maurice de Sully, depois da sua eleição em 1160, tendo a ocasião contado com a presença do Papa Alexandre III.

Os primeiros arquitetos foram Pierre de Montreuil e Jean de Chelles, mas a catedral, construída na Île de la Cité, continuou a ser acrescentada e alterada, ao gosto das épocas, ao longo dos séculos, para lá de 1345.

Sendo um dos símbolos máximos do catolicismo em França, a Catedral de Notre-Dame sofreu pilhagens por parte dos Huguenotes, os cristãos protestantes franceses, durante o século XVI.

Em finais do século XVII, no reinado de Luís XIV, o templo foi alvo outras alterações substanciais, com a destruição de alguns vitrais e a introdução de elementos da gramática do barroco.

No contexto da Revolução Francesa (1789), também elementos da Catedral foram destruídos e alvo de roubos, nomeadamente, os seus tesouros artísticos.

Em 1844 a Catedral foi restaurada ao gosto da gramática do romantismo, sob a égide dos arquitetos Eugéne Viollet-le-Duc e Jean-Baptiste Lassus, mas, passados poucos anos, em 1871, foi novamente palco de turbulência social, tendo supostamente sido alvo de um incêndio.

Em 1965, as escavações realizadas levaram à descoberta de catacumbas romanas, uma catedral merovíngia do século VI e um bairro medieval.

Em 1991, foi iniciado um projeto de restauro e conservação, com um prazo de dez anos, mas que não tinha sido ainda dado como terminado.

A Catedral inspirou vários artistas plásticos, como Henri Matisse, e também escritores.

Em 1831, Victor Hugo publicou o romance “Notre-Dame de Paris”, em que surge, entre outras personagens, Quasímodo, o corcunda de Notre-Dame, e a cigana Esmeralda, ficção mais tarde adaptada várias vezes ao cinema. Terá sido a obra do escritor francês que levou a um renovado interesse neste edifício, que se encontrava em estado de semi-negligência desde a Revolução Francesa.

A primeira adaptação cinematográfica foi em 1923, por Wallace Worslei, e entre outras, destacam-se a de 1939, de William Dieterle, com Charles Laughton, a de 1956, por Jean Delannoy, com Gina Lollobrigida e Anthonny Quinn, e a de 1996, um filme de animação dos Estúdios Disney, e, em 1997 por Peter Medak, com Salma Hayek.

Desde o início de fevereiro até ao final de março, deste ano, mais de 10 igrejas em França foram alvo de ataques ou de pequenos incêndios.

A Igreja de Saint Sulpice, a segunda maior de Paris, depois de Notre-Dame, foi alvo de um ataque, no passado dia 17 de março, depois de a porta principal, em madeira, ter sido incendiada.

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