A linha 128 servirá toda a área empresarial situada à margem da Via Norte, nomeadamente os mais de oito mil trabalhadores da EFACEC, do Super Bock Group e das empresas localizadas na Lionesa, para além dos habitantes daquela parte do concelho, os quais não têm atualmente qualquer alternativa ao uso de transporte individual, explicou o vereador dos Transportes e da Mobilidade da Câmara Municipal de Matosinhos, José Pedro Rodrigues.
Há mais de 20 anos que esta linha estava desativada, frisou, acrescentando que a partir de hoje as pessoas ganham uma alternativa que era “tão necessária” ao uso do carro.
A operação contará com 35 viagens diárias nos dias úteis, com uma frequência de 30 minutos, sendo as principais estruturas empresariais da zona servidas por paragens nas imediações, a poente e nascente da Via Norte, explicou.
José Pedro Rodrigues frisou que a linha estará integrada no sistema Andante, permitindo, assim, beneficiar de todas as condições do passe único.
Integrada no processo de renovação e requalificação da rede de transportes públicos de Matosinhos, a criação da linha 128 assegurará um serviço de transporte público que garante rebatimentos com a rede ferroviária, na Estação de São Bento, com todas as linhas de metro e com várias linhas rodoviárias diurnas e noturnas na zona da Trindade, salientou.
Este serviço será efetuado pela sociedade de transportes ViaMove, a operadora do concelho, até à entrada em vigor da nova rede de transportes públicos metropolitanos a contratar pela Área Metropolitana do Porto, transitando depois para o novo operador.
O vereador considerou que a reativação desta linha é um “sinal importante” da recuperação do transporte público no concelho e era uma “necessidade” para responder às necessidades de mobilidade pendular entre casa e trabalho.
A ViaMove começou a atuar em Matosinhos a 01 de janeiro, mas só vai estar em “pleno funcionamento” em maio, revelou José Pedro Rodrigues.
Esta empresa, detida em 51% pelo Grupo Barraqueiro e em 49% pela Resende, substituiu a operadora Resende, cuja concessão terminou em dezembro de 2018 por ser alvo de críticas por má qualidade dos veículos, relatos de sucessivos atrasos ou falhas de carreiras.
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