A nova travessia, “de grande utilidade” para os conimbricenses e também, designadamente, para os caminheiros de Fátima e de Santiago, em cujos caminhos a nova via se integra, envolveu um investimento global da ordem dos 650 mil euros, comparticipados por fundos comunitários, disse o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, que se deslocou ao local para assinalar a entrada em funcionamento da infraestrutura.

Além de aproximar as duas margens do rio e de facilitar a circulação de muitas pessoas que vivem ou atravessam aquela zona da cidade, a nova ponte permite melhorar as condições de circulação automóvel no tabuleiro inferior do Açude-Ponte, circunstância que, aliada à existência de estacionamento gratuito naquela área da margem esquerda do rio, aliviará a pressão automóvel no centro da cidade, acredita Manuel Machado.

A Câmara está a ampliar a capacidade de estacionamento automóvel gratuito na margem esquerda, designadamente em áreas que se situam entre as garagens e oficinas dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra e a nova travessia, para incentivar os automobilistas a deixarem ali as viaturas, uma vez que, com a nova ponte, ficam mais perto do centro da cidade, sustenta o autarca.

Construída a montante do tabuleiro inferior do Açude-Ponte, a nova estrutura tem cerca de 165 metros de comprimento e 2,40 metros de largura, além de “um passadiço sobre a escada de peixe, situada na margem esquerda", com uma extensão de 14 metros e largura de 2,40 metros.

“Adossada ao tabuleiro inferior do Açude-Ponte” e também integrada na ciclovia que está a ser criada em Coimbra, entre a Mata Nacional do Choupal e o Polo II da Universidade, na Boavista, a ponte faz também parte da estratégia que visa aproximar as duas margens do Mondego e “melhorar a imagem do rio” e dos caminhos de Fátima e de Santiago, sublinhou Manuel Machado.

O presidente da Câmara salientou também o desassoreamento do rio, entre as zonas das pontes da Portela e Açude, e a estabilização da margem direita do rio, na cidade, envolvendo um investimento de cerca de 14 milhões de euros, que, além de assegurar condições de segurança, baixando o risco de inundações, também contribuirá para melhorar a imagem do Mondego.

Parte dos cerca de 700 mil metros cúbicos de areias que serão retiradas daquele troço do rio Mondego serão depositados a jusante do Açude-Ponte, onde a Câmara prevê criar uma praia fluvial, anunciou Manuel Machado.