Em dezembro, o Tribunal da Relação de Lisboa mandou reabrir o julgamento ao aceitar um recurso do Ministério Público, depois da absolvição em 2017 do ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho do crime de violência doméstica e de vinte e dois crimes de difamação.

Inconformado com a decisão, o Ministério Público apresentou um recurso, invocando “nulidades de despachos que indeferiram a realização de diligências de prova essenciais e indispensáveis à descoberta da verdade”.

O recurso do Ministério Público da primeira instância defendia que “a sentença devia ser revogada e substituída por outra que dê como provados factos vertidos na acusação pública e que, em qualquer caso, condenasse o arguido pela prática de um crime de violência doméstica”.

A 15 de dezembro de 2017, a juíza Joana Ferrer absolveu Manuel Maria Carrilho: “Perante a realidade trazida ao tribunal, prova pericial inconclusiva e perante uma prova testemunhal abundante, mas que não foi capaz de sustentar a acusação, não resulta da matéria de facto provada que o arguido tem cometido o crime de violência doméstica”, justificou.

Hoje o caso voltou ao juízo criminal de Lisboa e, à entrada, o advogado de Manuel Maria Carrilho, Paulo Sá e Cunha disse que o que esta em discussão é um facto que não tinha sido contemplado inicialmente e que de acordo com a decisão do Tribunal da Relação terá de ser apreciado.

“É uma alteração não substancial dos factos, que diz respeito a um episódio de um dia determinado”, disse Paulo Sá e Cunha, adiantando que é apenas acabar uma questão que ficou pendente de um processo que já está praticamente todo julgado.

Em causa está um episódio em que Manuel Maria Carrilho terá ameaçado a apresentadora Bárbara Guimarães.

O episódio terá ocorrido em Lisboa e a defesa de Manuel Maria Carrilho apresentou hoje em Tribunal duas testemunhas e pediu para anexar documentos para provar que ele e Bárbara Guimarães estavam nesse dia num casamento em Viseu.

O advogado de defesa de Bárbara Guimarães, José António Pereira da Silva, disse na sessão de hoje que teria de ver com a sua constituinte alguns dos documentos agora entregues, tendo sido marcada nova audiência para dia 22 de fevereiro.

A juíza Joana Ferrer disse que, se possível, as alegações finais serão também a 22 de fevereiro, tendo marcado a leitura da sentença a 08 de março.

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