“Ainda amamos este país”, sublinhou Ibrahim Abdul Halim, imã da mesquita em Christchurch. “[Os extremistas] Nunca vão quebrar a nossa confiança”, acrescentou.

O ataque causou pelo menos 49 mortos no ataque às duas mesquitas de Christchurch.

O atirador, um australiano de nome Brenton Tarrant, foi já presente ao juiz Paul Kellar, do tribunal distrital, que lhe leu uma acusação de homicídio. Entrou no tribunal algemado e acompanhado por dois polícias e esteve perante o juiz cerca de um minuto.

Brenton Tarrant vai regressar ao tribunal a 5 de abril.

O atirador, que abriu fogo nas duas mesquitas, tentou apresentar os seus motivos no manifesto de 74 páginas que divulgou: é um australiano nacionalista branco de 28 anos anti-imigrantes.

No documento, afirmou que estava zangado por causa dos atentados na Europa que foram perpetrados por muçulmanos e que queria vingar-se, queria causar medo.

Os ataques tiveram início às 13:40 (00:40 em Lisboa) nas mesquitas de Al Noor, em Hagley Park, e de Linwood Masjid.

Christchurch, com cerca de 376.700 habitantes, é a maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país, localizada na costa leste da ilha e a norte da península de Banks. É a capital da região de Canterbury.

Brenton Tarrant reivindicou a responsabilidade pelos disparos e transmitiu em direto na Internet o momento do ataque.