Além dos doentes, Rui Vaz referiu que também os profissionais de saúde vão poder trabalhar com maior qualidade, controlar melhor as infeções e responder mais rapidamente em situações de urgência.
O médico falava aos jornalistas na inauguração das novas instalações da Neurocirurgia, serviço que desde 2007 funcionava em contentores, o que o levou, em 2017, a apresentar a demissão, tendo voltado atrás na decisão após a publicação da portaria relativa ao arranque das obras.
Com um investimento de 2,6 milhões de euros, este novo serviço era “algo muito esperado por todos”, porque as condições em que estava eram “pouco dignas e muito más”, afirmou.
Com capacidade para 43 camas, o médico explicou que agora, ao contrário do que acontecia, os doentes estão distribuídos no máximo por três camas e uma casa de banho.
“Antes, nos contentores, existiam duas casas de banho para 43 camas”, recordou.
O diretor contou que com esta nova unidade irá perder-se menos tempo nos elevadores, dado os doentes terem de ser transportados dos contentores para o edifício central para serem sujeitos às cirurgias.
“Antes demoravam 40 minutos a cá chegar, agora só demoram cinco”, realçou.
Com cerca de 100 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e assistentes operacionais, Rui Vaz assumiu que o grande objetivo é aumentar a produtividade e acabar com a lista de espera em Neurocirurgia.
O propósito é conseguir que nenhum doente saia do São João para ser operado, ressalvou.
“Faltam-me tempos cirúrgicos, ou seja, o meu problema atualmente é a carência de anestesistas, é só isso que nos falta”, reforçou.
Realizando uma média de 1.500 cirurgias por ano, Rui Vaz tenciona ultrapassar esta meta dado ter agora melhores condições.
Falando num dia “especial”, o presidente do Conselho de Administração do hospital, Fernando Araújo, sublinhou que, depois de uma década a prestar cuidados de saúde em condições “menos adequadas”, estas novas instalações vão, além de aumentar a qualidade da prestação de serviço aos doentes, permitir aumentar a produtividade.
O ex-secretário de Estado Adjunto e da Saúde referiu que têm sido feitos vários investimentos no centro hospitalar, prevendo-se até ao final do ano a canalização de dez milhões de euros em equipamentos e infraestruturas.
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