A tempestade tropical, que atingiu as províncias da Zambézia, Manica e Sofala, no centro do país, fez ainda 13 feridos, destruiu parcialmente 18 mil casas e outras 12 mil foram totalmente devastadas, disse à Lusa Xavier Gulele, técnico do Centro Nacional Operativo de Emergência (Cenoe).

“Trata-se de uma avaliação das três províncias, mas o impacto na província da Zambézia não foi de grandes dimensões”, referiu Xavier Gulele.

A tempestade, apelidada de “Chalane” e que afetou também Madagáscar, formou-se no Oceano Índico, atingindo o centro de Moçambique durante a madrugada de 30 de dezembro, com o pico dos ventos a atingir 120 quilómetros por hora.

O mau tempo destruiu também 475 salas de aulas, afetando um universo de 57 mil alunos, acrescentou a fonte.

Os 26 centros de acomodação criados nas províncias de Sofala e Manica receberam sete mil pessoas afetadas, mas “com a melhoria das condições do tempo, as pessoas regressaram às suas zonas de origem”, havendo, neste momento, pelo menos 1.600 pessoas em cinco centros ainda ativos.

Segundo o Cenoe, o mau tempo derrubou 12.200 postes de energia elétrica, tendo a Eletricidade de Moçambique, numa avaliação preliminar, estimado prejuízos avaliados em mais de 10 milhões de meticais (108 mil euros, no câmbio atual).

“Estamos ainda na época ciclónica, mais sistemas [no Oceano Índico] vão se formar e nós estamos a fazer o monitoramento desses sistemas”, disse o chefe do Departamento de Previsão do Tempo no Instituto Nacional de Meteorologia, Acácio Tembe, numa conferência de imprensa hoje em Maputo.

Entre os meses de outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por ventos ciclónicos oriundos do Índico e por cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral, além de secas que afetam quase sempre alguns pontos do sul do país.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois ciclones (Idai e Kenneth) que se abateram sobre o país.

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