A agência russa TASS, citando uma fonte dos serviços de emergência, noticiou que o incêndio foi causado por um novo ataque com um ‘drone’ (aeronave não tripulada), tal como na quinta-feira.
Uma outra fonte dos serviços de emergência disse à agência RIA Novosti que se trata de um reacendimento de produtos petrolíferos que tinham vazado após o ataque na quinta-feira.
A refinaria de petróleo de Ilsky, na região de Krasnodar, próxima da Crimeia e a cerca de 250 quilómetros da costa ucraniana, foi atingida por um ‘drone’ não identificado na quinta-feira, segundo as autoridades locais.
O ataque provocou um incêndio num dos tanques da instalação petrolífera que foi rapidamente extinto, segundo as autoridades, citadas pela agência francesa AFP.
O incêndio de hoje também foi dominado rapidamente, “antes da chegada dos bombeiros”, informou a delegação local do Ministério das Emergências da Rússia, segundo a agência Interfax.
“Os funcionários da refinaria foram rapidamente retirados. Ninguém ficou ferido”, acrescentou.
Nos últimos dias, regiões russas próximas da Ucrânia e da Crimeia (anexada por Moscovo em 2014) foram alvo de ataques com ‘drones’ e de sabotagens em linhas ferroviárias.
A série de ataques ocorre dias antes das principais celebrações militares da Rússia, em 09 de maio.
Moscovo alegou ter abatido dois ‘drones’ ucranianos que visavam o Kremlin (presidência), na terça-feira à noite, o ataque mais espetacular atribuído a Kiev desde a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
A Ucrânia não reivindicou a responsabilidade por nenhum dos ataques, como é habitual, mas o aumento das ações ocorre numa altura em que Kiev afirma ter concluído os preparativos para uma contraofensiva, que tem vindo a planear há semanas.
Num comunicado divulgado na quinta-feira, a Rússia acusou a Ucrânia de desenvolver “atividades terroristas e de sabotagem” sem precedentes em território russo, incluindo o alegado ataque contra o Kremlin.
Moscovo alegou mesmo que Kiev tentou “assassinar o Presidente da Rússia”, Vladimir Putin, nas vésperas do desfile de 09 de maio, que assinala a vitória das forças soviéticas contra o regime alemão nazi de Adolf Hitler, em 1945.
Nesse desfile, “estarão presentes os veteranos da Grande Guerra Patriótica que derramaram sangue na luta contra o nazismo e o fascismo, incluindo no território da Ucrânia”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russos num comunicado.
A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise mais grave de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O número de baixas civis e militares não é conhecido, mas diversas fontes, incluindo a ONU, dizem que será muito elevado.
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