Os homicídios ocorreram na sexta-feira na Unidade de Prisão de Puraquequara (UPP), na zona rural de Manaus, informou a secretaria estatal de Administração Penitenciária em comunicado.
Um dos reclusos foi enforcado e outro decapitado, acrescenta a nota, que não esclarece os motivos do episódio violento.
No entanto, de acordo com o governo regional, não houve qualquer motim ou rebelião na unidade já que “os internos não apresentaram oposição às forças de segurança” nem danos ao “património público”.
Um dos reclusos assassinados foi identificado como Janderson Araújo, ou ‘Boca Rica’, que seria o braço direito do narcotraficante “João Branco”, líder da Família do Norte (FDN), detido numa prisão federal.
Equipas especializadas da Polícia Militar chegaram à prisão para reforçar a segurança e contar o número de reclusos, com o objetivo de descartar fugas, enquanto a Polícia Civil interrogou os restantes detidos para esclarecer o caso.
De acordo com as autoridades, a fação FDN esteve por detrás das mortes que ocorreram entre 01 e 02 de janeiro em várias unidades penitenciárias de Manaus contra membros do gangue Primeiro Comando da Capital (PCC), que atual principalmente no estado de São Paulo.
O Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) foi palco de uma das mais sangrentas revoltas que durou 17 horas e causou 60 mortos, sendo o segundo maior massacre da história prisional do Brasil, após outro ocorrido em 1992 numa Casa de Detenção em São Paulo, em que morreram 111 reclusos.
O Brasil viveu as primeiras semanas do ano em plena crise prisional, com a morte de 150 reclusos em prisões de vários estados devido a conflitos entre fações rivais.
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