“A Ucrânia conta com o apoio da comunidade internacional (…) e com o fortalecimento da pressão diplomática e das sanções contra a Rússia”, disse em comunicado a equipa de Zelensky, que venceu domingo as eleições na Ucrânia, com mais de 70% dos votos.
Num decreto, publicado hoje no portal do Kremlin na Internet, o governo russo anuncia que os ucranianos que vivam nas regiões do leste, em Donetsk e Luhansk, com forte implantação de movimentos separatistas, poderão ver os seus pedidos de cidadania russa tratados em menos de três meses.
As especulações sobre esta decisão ensombraram toda a campanha eleitoral para as Presidenciais ucranianas, que decorreram no domingo, mas tudo indicava que o Kremlin apenas a aplicasse se o líder incumbente, Petro Poroshenko, tivesse vencido.
Contudo, Poroshenko foi derrotado pelo comediante de televisão Volodymyr Zelensky, que deverá ser empossado no próximo mês e que tinha anunciado como uma das suas prioridades para o seu mandato acabar com a guerra com a Rússia, que já matou mais de 15 mil pessoas.
A decisão hoje anunciado por Putin pode desencadear uma escalada de tensões na região separatista ucraniana, diminuindo a possibilidade de um processo de paz, como era desejo do futuro Presidente da Ucrânia.
Na campanha eleitoral Zelensky não foi tão belicoso como era Poroshenko, relativamente à Rússia, e falou por várias vezes na intenção de encontrar uma solução pacífica para a zona de controlo separatista.
Ao contrário de outros líderes mundiais, Vladimir Putin ainda não congratulou Zelensky pela sua vitória, alegando que os resultados eleitorais ainda não são definitivos.
Depois de anexar a Crimeia, a Rússia tem procurado apoiar os rebeldes separatistas no leste da Ucrânia, mas tinha suspendido as suas intenções de reconhecer a sua independência ou, até agora, de oferecer cidadania russa aos residentes nessa região.
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