Segundo a agência de notícias Associated Press, os manifestantes mobilizaram-se nas ruas em frente a uma esquadra da polícia, depois dos meios de comunicação de Hong Kong avançarem que 44 pessoas foram detidas sob acusações de distúrbios numa manifestação na noite de domingo.
Os manifestantes e uma outra pessoa acusada de posse de arma devem comparecer em tribunal na quarta-feira, indicou a emissora pública RTHK.
Vídeos transmitidos pela comunicação social de Hong Kong mostram os manifestantes a gritar palavras de ordem e a atirar ovos contra o posto policial de Kwai Chung.
As autoridades tiveram de recorrer a gás pimenta para dispersar os manifestantes.
Durante o dia de hoje manifestantes interromperam alguns serviços do metropolitano de Hong Kong, bloqueando as portas e impedindo a saída dos passageiros, noticiou a imprensa local.
De acordo com o jornal South China Morning Post, os serviços nas estações de Tiu Keng Leng e North Point sofreram atrasos e foram parcialmente suspensos durante a hora de maior movimento, provocando o caos e confrontos entre passageiros e manifestantes.
Alguns serviços foram também suspensos em Causeway Bay, a zona comercial do território.
Nas principais artérias da cidade, registavam-se esta manhã longas filas de trânsito e nas paragens de autocarro.
Este último protesto faz parte de um movimento contra o Governo que já viu centenas de milhares de pessoas saírem às ruas nos últimos dois meses.
Na segunda-feira, o Governo chinês renovou o seu apoio à líder do executivo de Hong Kong, Carrie Lam, e à polícia local, e pediu o "restabelecimento da ordem o mais brevemente possível", nesta ilha que é uma importante praça financeira internacional.
As manifestações do fim de semana passado, que resultaram em dezenas de feridos, foram mais um capítulo da contestação na rua iniciada em junho contra as emendas à lei da extradição, entretanto suspensas.
Hong Kong está mergulhada na pior crise da sua história recente, com manifestações pacíficas gigantescas desde 09 de junho contra o Governo local pró-Pequim, mas também confrontos esporádicos entre manifestantes radicais e a polícia.
Os manifestantes exigem uma resposta do Governo de Carrie Lam a cinco reivindicações: retirada definitiva da lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que os protestos de 12 de junho e 01 de julho não sejam identificados como motins, um inquérito independente à violência policial e a demissão da chefe do executivo.
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