De acordo com as autoridades ucranianas, entre os mortos conta-se uma rapariga de 17 anos de idade e duas de 14 anos.
Um bebé de oito meses ficou ferido, mas não corre risco de vida, de acordo com a mesma fonte.
Segundo Kiev, entre os feridos encontra-se também a escritora ucraniana Victoria Amelina, que sofreu uma grave fratura no crânio.
Amelina estava no restaurante no momento do ataque, na companhia do escritor colombiano Héctor Abad e do antigo Alto Comissário para a Paz da Presidência da Colômbia, Sergio Jaramillo.
Abad e Jaramillo sobreviveram ao ataque com ferimentos ligeiros, tal como a jornalista colombiana Catalina Gómez, que se encontrava igualmente no mesmo restaurante.
Além do restaurante, também outros edifícios foram atingidos, nomeadamente: prédios, estabelecimentos comerciais, veículos e uma agência dos correios.
De acordo com a agência internacional AFP, a explosão atingiu o restaurante Ria Pizza, que é um local muito procurado por soldados e jornalistas em Kramatorsk, o último grande centro urbano sob controlo ucraniano no leste do país.
Segundo a polícia da Ucrânia, a Rússia disparou dois mísseis terra-ar S-300 contra a cidade, que tinha 150.000 habitantes antes da guerra.
Conforme a observação da correspondente da AFP no local, estavam ainda presentes um número elevado de ambulâncias, polícias e militares, assim como de moradores das proximidades do restaurante bombardeado.
Em entrevista à agência internacional e ainda coberto de destroços do edifício o cozinheiro do restaurante Roslan, de 32 anos, disse que "havia bastante gente" no espaço. "Tive sorte", acrescentou.
Localizada a oeste da cidade devastada de Bakhmut, cenário da batalha mais violenta e prolongada da guerra, Kramatorsk já foi atingida por vários bombardeamentos russos no passado.
O mais grave teve como alvo a estação ferroviária da cidade em abril de 2022, um ataque que deixou 61 mortos e mais de 160 feridos poucas semanas depois do início da invasão russa, no momento em que muitos civis tentavam abandonar a localidade.
*Com Lusa e AFP
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