“Um total de 3.789 mortes foram registadas em 2022, mais 11% do que no ano anterior”, segundo um comunicado de imprensa da OIM, que recorda que o anterior recorde foi atingido em 2017, quando morreram 4.255 pessoas que tentavam chegar à Europa.
“A região MENA (Médio Oriente, Norte de África) foi responsável por mais de metade de todas as mortes de migrantes em todo o mundo” no ano passado, acrescenta-se no comunicado citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
“Este número alarmante exige atenção imediata e esforços concertados para reforçar a proteção dos migrantes”, afirmou o diretor regional da OIM, Othman Belbeisi, citado no comunicado de imprensa, no qual apela a “mais cooperação e recursos internacionais e regionais para enfrentar esta crise humanitária e evitar mais perdas de vidas”.
Nas rotas de migração terrestre no Norte de África, “em particular a perigosa travessia do deserto do Saara” e no Médio Oriente, a OIM registou 1.028 mortes, embora tenha sublinhado que o número real de mortes deve ser muito mais elevado.
No que se refere à migração terrestre, o número mais elevado foi registado “no Iémen, onde a violência dirigida contra os migrantes se intensificou”, segundo a OIM. Pelo menos 795 pessoas, na sua maioria etíopes, morreram ao tentar atravessar do Iémen para a Arábia Saudita.
Em 2022, as travessias marítimas clandestinas entre a região e a Europa foram marcadas por um “aumento do número de incidentes fatais após a partida de barcos do Líbano para a Grécia e Itália”, com pelo menos 174 mortes, ou seja, metade do número de mortos no Mediterrâneo Oriental em 2022.
De acordo com a OIM, só em 2022 morreram ou desapareceram 2 406 migrantes no Mediterrâneo Oriental, Central e Ocidental, o que representa uma subida de 16,7% face ao anterior, e desde o início deste ano, já foram registadas 1.166 mortes ou desaparecimentos.
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