Um balanço anterior dava conta de um total de 180 vítimas mortais no Bangladesh, Nepal e na Índia.
A monção, fenómeno que ocorre de junho a setembro, é crucial para a rega dos terrenos agrícolas e para o restabelecimento das reservas de água desta região que acolhe um quinto da população mundial.
A forte precipitação registada fica, no entanto, todos os anos associada a um cenário de destruição e ao registo de várias vítimas. Construções precárias e a má manutenção das estruturas são alguns dos aspetos que contribuem para tal cenário.
No Bangladesh, país de baixa altitude e com centenas de rios, quase um terço do território está debaixo de água, segundo indicou à agência noticiosa francesa France Presse (AFP) Arifuzzaman Bhuyan, do centro local de prevenção de inundações e de alertas.
Os caudais de pelo menos 14 grandes rios transbordaram e atingiram níveis considerados perigosos.
A monção no Bangladesh, país com 160 milhões de habitantes, matou até ao momento 44 pessoas.
No Nepal, pelo menos 78 pessoas morreram e 16 mil famílias foram deslocadas devido ao aumento do nível das águas.
Imagens divulgadas mostram equipas de resgate em botes insufláveis a retirarem famílias que estavam retidas em casas inundadas.
Especialistas locais da área da saúde estão preocupados com as possíveis epidemias de doenças transmitidas pela água e estão a pedir a ajuda da comunidade internacional.
Na Índia, novos dados indicam que a monção já provocou a morte de mais de 50 pessoas.
Dois Estados do norte e do nordeste do país, Bihar e Assam, são os mais atingidos pelas chuvas torrenciais.
As autoridades de Assam emitiram um alerta vermelho por causa das inundações e informaram que pelo menos 11 pessoas morreram e cerca de 83 mil pessoas tiveram de sair das respetivas casas.
Em Bihar, 25 vítimas mortais foram assinaladas e cerca de 2,5 milhões de pessoas foram até ao momento afetadas pelas inundações.
A ONU declarou na segunda-feira estar pronta para trabalhar com as autoridades dos países afetados na resposta às necessidades humanitárias das populações.
“Comunidades inteiras estão isoladas do mundo por causa do aumento do nível das águas, aumentando o risco destas pessoas terem fome ou de adoecerem”, alertou Xavier Castellanos, da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
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