“Este é o número registado apenas em Palu [capital da província Celebes Central]. Não inclui o número de mortos nos distritos de Donggala e Sigi”, afirmou o diretor da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla em inglês), Wilem Rampangilei, em declarações à agência de notícias indonésia, Antara.

De acordo com o responsável, não há ainda dados relativos ao número de vítimas naqueles dois distritos devido às falhas nas comunicações.

“Até hoje à noite, dez mil pessoas deslocadas foram alojadas em 50 locais na cidade de Palu. Foi-lhes dado abrigo, comida e medicamentos”, disse.

As autoridades na Indonésia tinham elevado hoje para 384 o número de mortos na série de terramotos e tsunamis que atingiram a ilha de Celebes na sexta-feira e que também causaram uma extensa destruição. Há ainda pelo menos 540 feridos e 29 desaparecidos, de acordo com dados provisórios.

A maioria das vítimas registou-se em Palu, cidade com cerca de 350.000 habitantes na costa oeste de Celebes, indicou Sutopo Purwo Nugroho, porta-voz da agência de catástrofes, que pediu hoje, em conferência de imprensa em Jacarta, “pessoal, voluntários e equipamento específico” para ajudar nas operações de socorro e limpeza.

A catástrofe deixou mais de mil edifícios destruídos ou danificados e a missão mais importante agora é restabelecer a luz e as comunicações.

Técnicos de telecomunicações e transporte aéreo, que chegaram esta manhã ao aeroporto de Palu, já estão a trabalhar na reparação de algumas instalações elétricas danificadas.

O aeroporto de Palu, que opera voos nacionais, está encerrado desde sexta-feira, após os danos causados pelo sismo, que também afetou pontes, hospitais e portos.

Estão a funcionar os aeroportos de Poso, Toli-Toli, Luwuk Bangai e Mamuju, todos na mesma região.

Entretanto, a União Europeia (UE) ativou o sistema de mapas por satélite através do programa Copernicus, para apoiar as autoridades indonésias nos esforços de resgate.

A Indonésia assenta sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica onde, em cada ano, se registam cerca de 7.000 terramotos, a maioria moderados.

Entre 29 de junho e 19 de agosto, pelo menos 557 pessoas morreram e quase 400.000 ficaram deslocadas devido a quatro terramotos de magnitudes compreendidas entre 6,3 e 6,9, que sacudiram a ilha indonésia de Lombok.