“Em 2017, nós tivemos nas três casas [dos irmãos Francisco e Jacinta, da irmã Lúcia e Casa-Museu] 1,2 milhões de peregrinos a visitá-las, o dobro de 2016”, afirmou à agência Lusa a porta-voz do santuário, Carmo Rodeia.

Segundo a também diretora do gabinete de comunicação social do Santuário de Fátima, em 2016 já tinha sido registado um número recorde em relação a outros anos, com 658 mil visitantes.

A Casa-Museu de Aljustrel é procurada sobretudo para visitas das escolas, sendo que em 2017 ali se deslocaram “4.500 grupos organizados”.

Este espaço, junto à casa natal de Lúcia, é o primeiro núcleo museológico permanente do santuário, inaugurado em agosto de 1992, que retrata a vida quotidiana à época dos acontecimentos na Cova da Iria.

“A casa da Lúcia também é outro fenómeno interessante, porque continua a ser mais visitada do que a casa dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto”, declarou Carmo Rodeia, assinalando haver uma diferença de cerca de 100 mil pessoas que visitam a casa da Lúcia e não entram na dos primos.

Lembrando que o processo de canonização da irmã Lúcia está agora na Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano, Carmo Rodeia admite como explicação para este fenómeno que “Lúcia, não sendo santa aos olhos da Igreja, já é santa aos olhos do povo”.

Quanto às visitas aos túmulos dos videntes, na Basílica de Nossa Senhora de Fátima, não existem estatísticas.

“É mais uma perceção exterior, mas vemos as filas e vemos o número de pessoas que acorre aos túmulos dos dois novos santos da Igreja, sobretudo nos dias 12 e 13 de cada mês. E a nossa perceção é de facto de que tem aumentado bastante o número de visitas”, adiantou a responsável do gabinete de comunicação.

A este propósito, Carmo Rodeia destaca, ainda, o número de pedidos de oração, de pagelas e de conferências após a canonização dos santos não mártires mais novos da Igreja Católica.

“Quando começámos as celebrações do centenário em 2010 tínhamos a perceção de que as pessoas convidavam o santuário para apresentar a Mensagem de Fátima, mas pela Mensagem de Fátima. Hoje, e sobretudo depois da canonização dos santos Francisco e Jacinta Marto, os pedidos centram-se muito na vida deles, no testemunho de santidade e nesta escola de santidade que é o Santuário de Fátima”, afirmou.

Segundo Carmo Rodeia, há “um mudar de foco que não se centra só única e exclusivamente na mensagem e no acontecimento de Fátima”, mas, “sobretudo, na vida destes dois santos que continuam a despertar uma enorme curiosidade, porque a forma de santidade que eles apresentam é desconcertante”.

“A ideia que nós temos dos santos são figuras heroicas, que fizeram grandes feitos. Eles tiveram uma vida curta, simples, mas ao mesmo modo vão àquilo que é essencial na vida de qualquer cristão, um despojamento total, uma vida de oração e de entrega”, referiu.

A porta-voz do santuário destaca, igualmente, o aumento dos pedidos de relíquias dos santos, provenientes de todos os continentes.

“As relíquias são vestígios dos caixões primitivos dos santos Francisco e Jacinta Marto. Elas são oferecidas com base em vários critérios e um deles é serem paróquias”, esclareceu, assinalando que esta matéria é tutelada pela ex-postulação, agora Fundação Francisco e Jacinta Marto, fundação diocesana que tem como “principal objetivo a difusão da devoção aos videntes e da Mensagem de Fátima”.

De acordo com dados divulgados pela ex-postuladora, irmã Ângela Coelho, na edição de maio do jornal Voz da Fátima, propriedade do santuário, entre maio e dezembro de 2017 “foram atendidos favoravelmente 400 pedidos de relíquias de Francisco e Jacinta Marto”.

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