Entre 1 de janeiro e 30 de junho, foram contabilizados 1.692 mortos, metade dos quais atribuídos a ataques do grupo Estado Islâmico, o número mais elevado desde que a ONU começou há uma década a contar as baixas civis no Afeganistão.
De acordo com a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão, durante o primeiro semestre, as províncias de Cabul (a capital) e Nangarhar, no Leste, foram as mais atingidas - inclusive durante o cessar-fogo.
Os talibãs, que fizeram uma trégua com o governo de 15 a 17 de junho, são os responsáveis por 40% das mortes de civis afegãos.
Uma vez mais, a luta por terra ocupa o segundo lugar entre as causas de morte e ferimentos na população afegã. A primeira causa continua a ser os ataques suicidas e os ataques complexos (ataques desencadeados por um suicida, seguidos pela ocupação de locais específicos e troca de tiros).
Contudo, segundo as contas da ONU, a expansão das operações aéreas levou a um aumento acentuado do número de vítimas civis devido aos bombardeamentos (mais 52%) em comparação com o mesmo período do ano passado, com 149 mortos e 204 civis feridos.
Mais da metade das baixas (52%) são atribuídas às forças afegãs e 45% aos aviões dos EUA, os únicos na coligação ocidental a realizar operações.
"O breve cessar-fogo provou que é possível parar os combates. Os civis afegãos não precisam sofrer mais", disse Tadamichi Yamamoto, representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, em comunicado.
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