O anúncio foi feito hoje numa página do Facebook criada para o efeito, em que o eurodeputado Nuno Melo e o parlamentar Telmo Correia, afirmam que a “intenção comum” dos subscritores é “fazer com que o CDS ultrapasse um dos momentos mais difíceis da sua história”, após ter obtido 4,4% nas legislativas de 06 de outubro, e que “reencontre o caminho do crescimento e afirmação”.

E definem o que pretendem para o partido, “um CDS conservador e de direita”, em que “a matriz é a democracia-cristã”.

Na publicação mais recente, também de hoje, Melo afirma ainda que a moção “Direita Autêntica” será “tudo aquilo que os congressistas pretendam dela”, o que, segundo um dos subscritores ouvido pela Lusa, significa que a ideia é levar o texto a votos, no congresso de 25 e 26 de janeiro de 2020, em Aveiro.

“Mais do que uma reflexão à volta de correntes internas ou do posicionamento do partido, o que temos que fazer é, com autenticidade e sem ter medo das palavras ou dos conceitos, assumir de forma autêntica o que somos: um partido de direita, sem receios, dúvidas, ou hesitações”, lê-se ainda no texto publicado no Facebook.

Nos dois textos, não é associado qualquer candidatura à liderança do partido.

Entre os subscritores contam-se, além de Nuno Melo e Telmo Correia, os ex-deputados Helder Amaral, Álvaro Castelo Branco e Manuel Isaac, mas também Rui Barreto, da Madeira.

Assunção Cristas anunciou a saída do cargo de presidente do CDS em 06 de outubro, na noite das legislativas em que o partido passou de 18 para cinco deputados, com 4,4% dos votos.

O congresso para eleger uma nova liderança do partido está agendado para 25 e 26 janeiro de 2020, em Aveiro, e já há quatro candidatos: o deputado João Almeida, o antigo parlamentar e ex-secretário de Estado Filipe Lobo d’Ávila, Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), e de Carlos Meira, ex-líder da concelhia de Viana do Castelo.

Há ainda outro potencial candidato, Francisco Rodrigues dos Santos, líder da Juventude Popular (JP), que anunciou uma moção de estratégia e também admite concorrer.