Manami e Tiago Braga da Silva. Casados há 10 meses

A minha linda esposa é japonesa. Conhecemo-nos há cerca de ano e meio em Tóquio. Desde que estamos juntos, muitas foram as pessoas que nos disseram que casamentos interculturais são mais desafiantes. E é verdade. As nossas culturas são completamente diferentes. Mesmo quando falamos um com o outro (inglês sendo a nossa língua em comum), por vezes desentendemo-nos porque não é a nossa língua materna.

Mas desde o início percebemos que para o nosso relacionamento durar e ser cada vez mais agradável e feliz, a comunicação é essencial. Temos de ser claros a expressarmo-nos e não nos deixarmos abater quando não conseguimos transmitir as nossas ideias ou sentimentos. Sejamos de culturas diferentes ou não, aprender a ouvir e falar com alguém que se quer descobrir e conhecer ao longo dos anos é um processo.

Se é trabalhoso? É, mas o amor é assim. Não é um sentimento, é algo que se constrói em conjunto. Se eu quero que o amor dure, não posso ficar de braços cruzados à espera que ele aconteça. Para o fazer durar é preciso regar, cuidar dele e sacrificar-nos por ele. Só assim, é que a minha escolha de viver com a minha esposa até que a morte nos separe faz sentido.

Manuel Ferreira, 25 anos, Mariana Ferreira, 26 anos. Casados há 11 meses. 

Sendo cristãos, acreditamos que o único terreno fértil para o amor no casamento crescer é um amor maior pelo Deus que graciosamente o criou e o sustenta. É um paradoxo. Acreditamos que somos chamados a amar mais Deus do que o nosso cônjuge, porque saímos dessa máquina de transformação a amar mais ambos.

Porque recebemos de Deus, podemos dar ao nosso cônjuge, sem esperar que o gatilho seja alguma emoção ou estado de espírito. Tim Keller, pastor presbiteriano americano, resume bem o princípio: "A nossa cultura diz-nos que os sentimentos de amor estão na base dos actos de amor. E isso pode ser verdade. Mas é ainda mais verdade que os actos de amor causam os sentimentos de amor". Não somos chamados a agir porque sentimos, mas acreditamos que o agir nos acende os sentimentos.

Ana Rita Braga Robalo, 23 anos. Casada há 6 meses com João Francisco Robalo, 25 anos

Namorei com o Francisco durante dois anos e durante esse tempo confirmou-se que era o homem para a minha vida. Não porque me fazia sorrir ou porque chegava a tempo aos nossos encontros ou porque mandava mensagens bonitas e românticas. Soube que era o meu futuro marido porque o seu sentido de cuidado sobre mim era base no compromisso. 

Depois destes 6 meses como casados, nada mudou, talvez a rotina e a lida das tarefas domésticas, mas é algo que estamos a construir juntos e estamos a tirar proveito dessa descoberta.

Acredito que o Amor dura se dermos valor às coisas pequenas e se investirmos nelas para que esse amor cresça. Simples flores tiradas do chão nos nossos passeios tornaram-se colecção de um caderno. São estas coisas simples que são o mundo para mim. O Amor dura quando eu ofereço parte de mim ao outro. A vida tornou-se mais bonita agora que conheço o Francisco como meu marido e como eu gosto de descobrir coisas novas dele a cada dia.

Daniel e Mariana Monte Alto, casados há 4 meses

O amor dura quando lutamos com fé todos os dias, lembrando o nosso sonho de viver um verdadeiro amor, o nosso primeiro encontro, os momentos inesquecíveis, o noivado e a descoberta de viver a cada dia construindo uma vida a dois. Então o segredo é enchermos o nosso coração e compartilharmos com a pessoa que vai estar ao nosso lado o verdadeiro sentido de conquistarmos a felicidade um do outro.