Os quatro arguidos acusados no caso do homicídio do pianista Pedro Queiroz, em Setúbal, conhecem hoje o acórdão do Tribunal de Setúbal.
O caso atraiu atenção nacional depois do corpo do músico — vitimado aos 62 anos — ter sido encontrado a 16 de março de 2023 no interior de um poço na localidade do Penteado, no concelho da Moita, com as mãos e os pés atados.
De acordo com a tese do Ministério Público, a vítima, consumidora de droga, ter-se-á desentendido com um dos arguidos, seu fornecedor, tendo sido agredida de forma violenta, amordaçada e fechada no interior de uma casa de banho, onde viria a morrer dias depois.
Na altura, o Correio da Manhã noticiou que os resultados da autópsia revelaram que Pedro Queiroz foi sujeito a violências várias ao longo de semanas, sendo sujeito a agressões e torturas e privado tanto de comida como de água.
A investigação levou à detenção de três homens de 27, 46 e 47 anos e uma mulher de 45. Foram acusados de coautoria nos crimes de homicídio qualificado, sequestro agravado, roubo agravado, profanação de cadáver e abuso de cartão de garantia ou de cartão dispositivo ou dados de pagamento, agravado.
Segundo o CM, a mulher em causa era a ex-namorada de Pedro Queiroz e esta terá fornecido um dos motivos para o grupo assassinar o músico. O mesmo jornal adiantou que o artista tinha recebido uma herança avultada dos pais, sendo que a relação do ex-casal era tóxica e que a mulher o perseguiu, mesmo depois do fim da relação.
“O homem tocava em Portugal e no estrangeiro e era conhecido pela simpatia e simplicidade. Poucos sabiam da sua boa situação financeira: tinha recebido milhares de euros de partilhas feitas com uns tios, após a morte dos seus pais. Divorciado e sem filhos, poderá ter sido isso que motivou o crime”, escreveu o CM.
Pianista de jazz, Pedro Queiroz era uma presença assídua no Hot Clube de Portugal, localizado em Lisboa.
Comentários