Esta passada quinta-feira, dia 28 de fevereiro, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro solicitou a interdição do famoso Sambódromo da Marquês de Sapucaí, onde já esta sexta-feira, por volta das 22h00 (hora local), está programado começar o emblemático desfile de Carnaval, um dos símbolos brasileiros mais reconhecido pelo mundo fora.

As dúvidas em relação ao nível de segurança da infraestrutura que recebe um dos maiores eventos do país foi levantada pelo Gate, o corpo técnico do Ministério Público, numa visita ao Sambódromo a pedido do órgão "para verificar se o local reúne condições de segurança adequadas a receber evento de tamanha magnitude".

Segundo a Folha de São Paulo, à ação foram agregadas imagens de disjuntores sem identificação, instalações elétricas improvisadas, entre outros pontos que podem comprometer a infraestrutura do local. Assumindo que este cenário coloca em causa a possível realização do evento, o MP exige, junto dos bombeiros, uma visita nas próximas 24 horas e um certificado de autorização especial, tendo por base as condições mínimas para que se realize o evento.

No entanto o próprio Ministério afirma que, segundo o jornal brasileiro Globo, o Sambódromo já estava preventivamente interditado para a realização de eventos pela corporação de bombeiros local, sendo que a abertura do mesmo fica dependente de uma autorização semelhante aquela que é agora novamente solicitada.

Perante um pedido de interdição e a solicitação de uma autorização especial tão próximo da data do desfile das escolas de samba, no Carnaval, a Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente veio a público afirmar que tanto as arquibancadas do Sambódromo, como das instalações elétricas e cablagem, que não pertencem à alçada deste órgão, sofreram ações de manutenção durante o último mês. No entanto foi solicitado junto Defesa Civil Municipal e a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação uma avaliação das arquibancadas.

Para que nada afete o calendário do mais famoso desfile de Carnaval do mundo, o Ministério Público do Rio exige, num prazo de 24 horas, a assinatura de um Termo de Responsabilidade pelos presidentes da Riotur, a empresa de Turismo do município do Rio de Janeiro, e da Liga Independente das Escolas de Samba, as duas associações responsáveis pelo evento que só termina no dia 9 de março com o desfile das escolas vencedoras, "assegurando que o local reúne condições de segurança suficientes à assegurar a vida e integridade física dos espectadores, jurados, trabalhadores e integrantes das escolas de samba".

O Ministério exige ainda que, para além das condições de segurança mínima, seja apresentado um plano de obras futuras para o Sambódromo.