“Em primeiro lugar, a guerra decorre no nosso território e, por isso, qualquer plano de paz que exista deve referir-se à iniciativa da Ucrânia”, que foi apresentada na Indonésia durante a reunião do G20, afirmou, durante a conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Quanto aos países que apresentaram propostas, entre os quais o Brasil e sobre o qual assentava a pergunta dos jornalistas, Zelensky afirmou que a Ucrânia não precisa de muitos planos.
“Estamos dispostos a ouvir as iniciativas de qualquer país”, afirmou o Presidente ucraniano, destacando, ao mesmo tempo, a importância de envolver o maior número de países possíveis na sua proposta de uma cimeira para a paz, baseada no plano ucraniano de 10 pontos.
Por onde tem andado?
O presidente ucraniano chegou este domingo a França, um dos principais aliados da Ucrânia nesta guerra com a Rússia. No entanto, no sábado já tinha estado reunido com o governo italiano, em Roma, tendo também visitado o Papa Francisco, no Vaticano. Antes de rumar a Paris, esteve também na Alemanha.
“Já em Berlim. Armas. Um pacote poderoso. Defesa aérea. Reconstrução. UE. NATO. Segurança”, escreveu hoje Zelensky na rede socia Twitter, numa aparente referência às principais prioridades da sua viagem.
Depois de inicialmente hesitar em fornecer armas letais à Ucrânia, a Alemanha tornou-se um dos maiores fornecedores de armas à Ucrânia, incluindo os tanques de batalha Leopard 1 e 2 e o sofisticado sistema de defesa aérea IRIS-T SLM.
O equipamento ocidental moderno é considerado crucial para que a Ucrânia possa ter êxito na sua planeada contraofensiva contra as tropas russas.
Zelensky encontrou-se pela primeira vez com o Presidente Frank-Walter Steinmeier, chefe de Estado alemão, que foi desprezado por Kiev no ano passado, aparentemente devido aos seus anteriores laços estreitos com a Rússia, causando um arrefecimento nas relações diplomáticas entre a Ucrânia e a Alemanha.
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