Obama, que falava durante a cimeira Climate Change Leadership, hoje no Porto, destinada a debater as alterações climáticas, lembrou que durante a sua administração mostrou ser possível “criar emprego e promover a economia e ao mesmo tempo investir em energia limpa”.
“Para continuar este programa, teríamos de juntar as mãos com outros países”, realçou.
Para o 44.º presidente dos Estados Unidos da América, que assumiu o combate às alterações climáticas como uma prioridade para os seus mandatos, entre 2009 e 2017, “não importa o que é feito agora, a temperatura vai mesmo aumentar por uns tempos”.
“Mesmo que sejam implementadas as regras mais restritas, as emissões já feitas implicam que a temperatura vá continuar a aumentar durante algum tempo”, realçou, considerando que “seria importante que as empresas partilhassem um número” e “associassem um preço com as perdas ou com os gastos feitos na adaptação às alterações climáticas”.
Perante o problema que representam as alterações climáticas, Obama assinalou que “a maior parte das vezes já existem respostas para os solucionar” e que a dificuldade na sua implementação passa pelas “instituições” e a forma como as coisas estão organizadas.
“Temos de encorajar os cidadãos a pressionar os seus governos (…) as coisas têm de ser resolvidas a partir das bases”, frisou, realçando que “algumas vezes a liderança esquece que o poder vem das pessoas e não se pode impor uma resposta sem que estas sintam resistência”.
Barack Obama disse mesmo que “a única forma de as coisas mudarem é as pessoas concordarem que é preciso uma mudança”.
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