Tetsuya Yamagami devia comparecer no tribunal de Nara (oeste do Japão) esta tarde, no âmbito de uma audiência preliminar do julgamento pelo assassínio do antigo líder em julho passado, quando foi morto a tiro na rua, durante um evento de campanha eleitoral.

O local foi evacuado depois de ter chegado ao tribunal o que parecia ser um "saco não identificado", noticiou a emissora estatal NHK, citando fontes policiais. Outros meios de comunicação social japoneses divulgaram informações semelhantes.

Contactados pela agência de notícias France-Presse, o tribunal e a polícia local não puderam comentar de imediato.

Yamagami, de 42 anos, foi acusado, em janeiro, de "homicídio e violação da lei" sobre o controlo de armas, e pode ser condenado à pena de morte se for considerado culpado.

O suspeito acusou o antigo primeiro-ministro japonês de manter ligações estreitas com a Igreja da Unificação, apelidada de "Seita da Lua", e que terá levado a família de Yamagami à ruína.

Yamagami foi declarado apto para ser julgado no início deste ano, no final de um longo exame psiquiátrico.

Shinzo Abe, a figura política mais conhecida do Japão, tanto no país como no estrangeiro, bateu o recorde do mandato mais longo de um primeiro-ministro em funções na nação: mais de oito anos e meio entre 2006-2007 e entre 2012-2020.