O lote de 12 peritos defendido pelos sociais-democratas, a serem designados pelo parlamento, pelo Conselho Económico Social e pelo Conselho de Finanças Públicas (quatro elementos cada), deverá em 180 dias produzir um relatório "retrospetivo e prospetivo" que sirva de base ao posterior debate e apresentação de propostas dos diversos partidos com vista à elaboração de uma nova Lei de Bases da Segurança Social "para os novos tempos e capaz de enfrentar os problemas".
"Vamos apresentar propostas estruturais no âmbito da Segurança Social assentes em três pilares: transparência, sustentabilidade e governação participada. Tem de haver tranquilidade para os atuais beneficiários e confiança para os contribuintes que também querem ser pensionistas daqui para amanhã. É necessária uma reforma estrutural do sistema, com rutura à vista, devido à situação económica, demográfica e de emprego em que nos encontramos", disse o deputado do PSD.
Outra iniciativa destacada pelo parlamentar social-democrata foi a criação de um conselho de administração com membros não executivos, igualmente provenientes do Conselho Económico Social ou outras entidades relacionadas com os parceiros sociais que possa acompanhar a ação dos três institutos do setor: Instituto da Segurança Social (pagamentos), Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (arrecada contribuições e converte em prestações sociais) e Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (gere os fundos de cerca de 14,5 mil milhões de euros).
"Há três institutos com conselhos diretivos de cinco elementos. Os portugueses têm de saber o que se passa", defendeu, referindo a produção futura de relatórios quadrimestrais ao parlamento para "escrutinar rigorosamente o que se vai passando na Segurança Social".
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