"Temos agora de assegurar que a medida abranja a escolaridade obrigatória. O OE2018 é uma oportunidade para fazer esse caminho, alargando ao segundo e terceiro ciclos [5.º e 6.º e 7.º, 8.º e 9.º anos, respetivamente], levando a gratuitidade dos manuais escolares tão longe quanto possível. Uma oportunidade que não vamos desperdiçar particularmente nesta face de discussão do OE", garantiu Jerónimo de Sousa.

O líder da Coligação Democrática Unitária (CDU), juntando comunistas ecologistas e independentes, discursava num almoço-comício, em Beja, no âmbito da campanha para as eleições autárquicas de 01 de outubro, e lembrou os benefícios para o povo e o país da ação do PCP e de "Os Verdes", pedindo mais votos e mandatos em 01 de outubro próximo.

"São resultado da nossa intervenção e não dádiva do Governo do PS que noutras circunstâncias nunca adotaria, como nunca adotou, nem no seu programa de partido, nem de Governo. Se avançou e nos acompanhou, foi por nossa iniciativa, proposta e até teimosia para conseguir mais direitos e rendimentos para os portugueses", reclamou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista citara como exemplos "o aumento extraordinário das pensões de reforma, abrangendo mais de dois milhões de reformados, com pensões até 631 euros" e "a aplicação da gratuitidade dos manuais escolares a todos os alunos do primeiro ciclo, abrangendo 370 mil crianças".

"A gratuitidade dos manuais escolares, para todos os alunos do 1.º ciclo do ensino básico, é uma medida de grande alcance. Pelo que significa de afirmação da natureza pública, gratuita e universal do ensino. Pelo que se traduz de apoio às famílias tendo em conta o peso nos seus orçamentos", salientou.