A FESAP junta-se assim à paralisação, de âmbito nacional, agendada pela Frente Comum (CGTP) no final de setembro, na tentativa de pressionar o Governo a garantir aumentos salariais e a valorizar as carreiras na função pública em 2019.
Em conferência de imprensa, José Abraão, da FESAP, explicou que a expectativa nas negociações com o Governo se “mantém”, apesar de ainda não terem previsão da próxima reunião.
Na proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), o Governo estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% no próximo ano, uma taxa de desemprego de 6,3% e uma redução da dívida pública para 118,5% do PIB.
No documento, o executivo mantém a estimativa de défice orçamental de 0,2% do PIB no próximo ano e de 0,7% do PIB este ano.”
Contactada pela agência Lusa, a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), também afeto à UGT, Helena Rodrigues, confirmou que se juntará à FESAP e Frente Comum na greve geral de dia 26 de outubro para exigir aumentos salariais na Função Pública e perante a ausência de propostas por parte do Governo.
De acordo com José Abraão, os avanços feitos ao nível do descongelamento de carreiras são "insuficientes" e, por isso, a FESAP exige que este Governo "vá mais além" e "não deixando ninguém para trás".
"50 milhões de euros não produz aumento nenhum nos trabalhadores de Administração Pública", disse Abraão, depois de o ministro das Finanças, Mário Centeno, ter dito aquando da apresentação da proposta de OE2019 que o Governo estipula uma margem de apenas 50 milhões de euros em 2019 para aumentos de salários da função pública.
A FESAP diz que o descontentamento é grande em todos os setores, os trabalhadores exigem compromissos por parte do Governo, e por isso a expetativa é a de uma grande adesão ao protesto que decorrerá na próxima semana.
[Notícia atualizada às 20h21]
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