"Ao contrário do que aconteceu com Governo da direita [PSD/CDS-PP], subiu o que devia subir e baixou o que devia baixar. Portugal está melhor e as portuguesas e os portugueses vivem hoje muito melhor. Bons resultados que causam azia e mal-estar geral ao PSD e ao CDS", afirmou a deputada socialista Edite Estrela, referindo-se ao percurso governativo socialista, com apoio parlamentar de BE, PCP e PEV.
Segundo a parlamentar do PS, "este quarto OE consolida e reforça o caminho iniciado em 2016, caminho que conduziu ao aumento dos rendimentos das famílias, à estabilização das contas publicas, ao crescimento da economia e emprego, redução da divida publica e sua valorização pelas agências de notação", pois "aumentou a justiça social e baixaram as desigualdades".
Edite Estrela focou-se depois na cultura para exemplificar que, "em 2015, o orçamento" do setor "do Governo PSD/CDS não chegava a 220 milhões de euros", face aos mais de 500 milhões de euros do OE "do Governo do PS, apoiado pela esquerda parlamentar" em 2019.
"Mais do que duplica os valores de 2015. Também na cultura, foi virada a página da austeridade. Chegámos agora ao maior orçamento de sempre na cultura", congratulou-se.
O comunista António Filipe resumiu que "o que mais facilmente se pode retirar deste debate até agora é que o PSD e o CDS não se entendem e que a irritação gongórica que transparece das suas intervenções não permite disfarçar a mais completa desorientação".
"Entre a orgia eleitoralista a que aludiu o deputado Adão Silva e a austeridade infinita a que se referiu o deputado Carlos Silva, as intervenções do PSD dizem pouco sobre o OE, mas dizem muito sobre o estado do PSD. Já o CDS, após doutas apreciações sobre a expressão facial do primeiro-ministro, entrou a acelerar a fundo com a gasolina, a propósito do ISP, para acabar encostado à berma com os pneus em baixo e ter de rebocara o debate com a recuperação apressada dos lugares-comuns do discurso securitário", disse.
Para o parlamentar do PCP, "PSD e CDS, da boca para fora, exigem um OE que seja exatamente o contrário do que seria se estivessem no Governo, ao mesmo tempo que criticam o OE por não conter aquilo que certamente rejeitariam se contivesse".
"Se acusam o OE de ser eleitoralista e de não resolver os problemas, imagine-se o que diriam se, contrariando os ditames de Bruxelas, o OE aumentasse o investimento público para os resolver. Se o OE aumentasse o investimento público diriam que o diabo também veste Prada e não tardaria a bater à porta", afirmou.
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