"O CDS votará, com memória, contra este orçamento retificativo por não ver nele vertidas as preocupações e os cadernos reivindicativos” dos vários setores auscultados pelo partido, entre os quais “barbeiros, empresários da área da restauração, ginásios, hotelaria e turismo”, afirmou o presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos.

O líder do CDS justificou ainda o voto contra o orçamento que é hoje debatido na Assembleia da República, por o partido ter “um conjunto de propostas consolidadas há muito tempo” que “não encontram transposição” no documento que "se previa que retificasse o Produto Interno Bruto (PIB) e que injetasse liquidez nas famílias”.

Entre as propostas que o CDS pretendia ver inscritas no orçamento suplementar contam-se o `lay-off´ simplificado alargado até ao final do ano, a eliminação dos pagamentos por conta, a duplicação das linhas de crédito com uma percentagem a fundo perdido, a criação de um mecanismo de acerto de contas entre o Estado e os contribuintes, o ajustamento das tabelas de retenção na fonte em sede de IRS e a existência de uma lista pública de entidades a quem o Estado deve, enumerou o presidente.

Em Santarém, onde hoje visitou o Comando Distrital da PSP, Francisco Santos disse ainda não temer assumir uma posição não consensual, reafirmando que “em matéria de saúde publica somos todos portugueses, mas no que diz respeito ao relançamento da economia e ao programa de relançamento social não somos todos socialistas”.