"O Governo escolhe quem é que fala. Eu vou lá andar a ver quem é que fala em primeiro lugar, em segundo lugar, em terceiro lugar, quarto lugar, quinto lugar", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, acrescentando: "Com os problemas que tem o mundo e com os problemas que tem o país, qual é a importância disso? Zero".
O chefe de Estado falava no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, no fim de um encontro com 'startups' portuguesas.
Questionado sobre a escolha de João Galamba para intervir em nome do Governo no encerramento do debate orçamental, o Presidente da República referiu que já na Moldova teve oportunidade de dizer que, excetuando a TAP, não costuma pronunciar-se sobre infraestruturas.
"Portanto, uma intervenção que é sobretudo no domínio das infraestruturas é um desconforto, não é para mim, pode ser para quem porventura tenha tratado desse tema no passado mais próximo ou remoto. Eu não", considerou.
Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa realçou que a sua frase que o ministro das Infraestruturas citou no encerramento do debate da proposta de Orçamento do Estado para 2024 na generalidade, na terça-feira, foi a de que a estratégia seguida pelo Governo é "porventura a única possível".
Segundo o Presidente da República, isso quer dizer que "não é um Orçamento estimulante, fascinante, porque não era possível haver", mas antes, "no quadro existente, o Orçamento possível".
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