“Num orçamento vota-se o orçamento e nós discutiremos com recato, com todos os partidos, as matérias que constam do orçamento”, afirmou o ministro da Presidência quando questionado sobre a exigência do Chega de um referendo à imigração como condição para viabilizar o Orçamento do Estado para o próximo ano.
António Leitão Amaro insistiu que o “Governo está muito empenhado para, no recato leal e sincero das negociações com todos, todos os partidos, negociar o Orçamento do Estado sobre matérias do Orçamento do Estado” e salientou que é isso que continuará “a fazer, empenhadamente”.
O ministro indicou que em setembro serão retomadas as reuniões com os partidos, referindo que ainda não estão marcadas e que o executivo aguarda o reinício dos trabalhos do parlamento.
“Nós no início do mês de setembro convocaremos essas reuniões com todos os partidos que queiram negociar com vista à viabilização potencial do Orçamento do Estado”, afirmou.
Questionado sobre a expressão que usou, Leitão Amaro sustentou que “recato significa continuação empenhada, de boa-fé, leal, respeitadora do processo negocial com todos”.
Sobre imigração, António Leitão Amaro disse também que “o Governo tomou já e continua a tomar medidas para regular de forma humana e, por outro lado, realista a imigração, medidas tomadas desde o mês de junho, cuja mais conhecida ou emblemática foi o terminar com uma fonte de imigração desregulada, única na Europa, que era o mecanismo da demonstração de interesse”.
Este Governo “está e continuará a atuar e a trabalhar para ter uma imigração regulada e não desregulada como era, com fiscalização e com regras equilibradas, humanista e realista”, defendeu.
“Continuaremos empenhados nesse caminho, a adotar medias concretas. É também uma situação que não se resolve de um dia para o outro, mas a qual estamos empenhados em resolver”, salientou.
Comentários