“[A candidatura] é uma oportunidade da nossa comunidade e um desenho para o futuro e, portanto, também um instrumento de desenvolvimento a nível da comunidade local, como para a região onde esta comunidade se insere, como contributo para o desenvolvimento para o país e para a projeção internacional”, disse o comissário da candidatura, Jorge Barreto Xavier.
Jorge Barreto Xavier falava hoje durante a apresentação da candidatura de Oeiras (distrito de Lisboa) a Capital Europeia da Cultura 2027, numa cerimónia no auditório do Taguspark, em Porto Salvo.
De acordo com o comissário da candidatura, é através de novas “dinâmicas de ideias” que é possível preparar um novo ciclo de desenvolvimento, como as atividades empreendedoras e criativas.
“Tudo na nossa vida é coberto por esta estranha palavra que tem centenas de definições que é a cultura. Tudo na nossa vida está contaminado, não só pelas dinâmicas do quotidiano, como [também] na receção que fazemos do património do passado por uma ideia de cultura. A cultura é um elemento crítico para a inovação e para a criatividade”, realçou.
A ideia do projeto, segundo Jorge Barreto Xavier, é desenvolver uma “cidade polinucleada com serviços de curta distância para os cidadãos, um polo de referência nas aéreas de ciência e tecnologia, um motor de desenvolvimento para o país, um nó crítico da rede na Área Metropolitana de Lisboa e um território que faz da cultura o cimento” que liga os cidadãos.
Apontando para uma competição saudável entre os municípios, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, explicou que Cascais, Sintra, Lisboa, Almada foram chamados a envolverem-se na candidatura à Capital Europeia da Cultura 2027.
“Queremos que o epicentro seja aqui em Oeiras, mas não excluímos a possibilidade do contrário, que haja uma interatividade, uma proatividade, com todos esses municípios da Área Metropolitana de Lisboa. Que esta candidatura seja vista como uma alavanca, seja para o turismo, seja para a atividade cultural de toda a Área Metropolitana de Lisboa”, afirmou.
Para Isaltino Morais, o município conta com todas as “condições materiais e imateriais” para receber o título de Capital Europeia da Cultura, apelando para o envolvimento de todos cidadãos.
“O que queremos agora é o envolvimento das pessoas. Que todos participem e reconheçam a importância desta participação e se mobilizem em função do interesse público. Isto é determinante para o sucesso da candidatura e dos resultados que ficarão para depois disso”, apelou.
Durante a cerimónia, o conselheiro estratégico Robert Palmer, a comissária europeia Elisa Ferreira, o ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso e a fadista Katia Guerreiro manifestaram o seu apoio à candidatura do município de Oeiras.
Os projetos do município de Oeiras para a promoção da poesia podem ser conhecidos através da página da Internet www.palavras27.oeiras.pt.
Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Leiria, Guarda, Oeiras e Viana do Castelo são as cidades que já manifestaram intenção em serem Capital Europeia da Cultura 2027, que decorrerá em simultâneo em Portugal e na Letónia.
Segundo o Ministério da Cultura, “a escolha da cidade vencedora será feita por um júri composto por dez peritos independentes, nomeados por instituições europeias, e para o qual Portugal escolherá dois elementos.
A vencedora será anunciada em 2023.
No passado, Portugal recebeu o título de Capital Europeia da Cultura três vezes: pela cidade de Lisboa, em 1994, do Porto, em 2001, e de Guimarães, em 2012.
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