“Quem age assim, a varrer para debaixo do tapete aquilo que é a ocultação mais básica, das regras mais básicas de transparência do país, é quem nunca se preocupou com o interesse público e quem viveu sempre e só para a negociata de uns poucos”, declarou Catarina Martins durante a apresentação da candidatura de Renato Soeiro à Câmara Municipal de Gaia nas próximas eleições autárquicas, de que é mandatária.
A dirigente do BE recordou que quando o país ficou a saber que no anterior governo, com o secretário de Estado Paulo Núncio, não foi divulgado o movimento de 10 mil milhões de euros para praças ‘offshore’, houve “duas reações da direita”.
“Assunção Cristas disse que o país devia muito a Paulo Núncio, Passos Coelho, depois de vários dias calado, lá veio o PSD tomar a posição que o que era preciso fazer era que a publicação fosse lei, que era uma proposta que o BE já tinha feito em maio do ano passado”, disse Catarina Martins.
Sobre a candidatura de Renato Soeiro, Catarina Martins disse tratar-se de "alguém que é um fundador do BE (...), alguém que sabe que quando olhamos para o mundo temos de nivelar sempre por cima".
A coordenadora nacional do BE disse que vive em Gaia há 20 anos e assumiu que fica perplexa numa cidade onde "falha tanto a mobilidade".
"Um metro numa avenida central, filas no centro de emprego quando chega ao fim do mês ou as escolas que são fechadas para haver um mega agrupamento", exemplificou, referindo ainda o esquecimento a que é votada a zona rural do concelho.
A dirigente bloquista chegou mesmo a questionar-se "como é que Vila Nova de Gaia vive ainda tanto, tanto em meados do século XX".
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