De acordo com um balanço das autoridades, às 22:00 locais (21:00 em Lisboa), tinham sido detidas oito pessoas, cinco por roubo numa loja de roupa e três por desordem pública.
Várias centenas de pessoas concentraram-se em frente à estação de metro de Sants por volta das 19:00 locais, onde as esperava um forte contingente policial, e, depois de alguns breves discursos, em que vários manifestantes justificaram a necessidade de defenderem a liberdade de expressão, iniciaram uma marcha em direção à Praça de Espanha.
A polícia condicionou o acesso à estação de Sants e fechou as entradas da rede do metro para evitar perturbações dentro da infraestrutura.
Foi formado um cordão policial, que impediu a passagem dos manifestantes para a Praça de Espanha, pelo que cerca de um milhar de manifestantes, segundo as autoridades locais, iniciaram uma marcha pacífica pelo centro da cidade, durante a qual alguns encapuçados atiraram objetos como pedras, contentores, sacos do lixo e garrafas de vidro contra a polícia.
Como nos dias anteriores, gradualmente a situação começou a normalizar-se na capital catalã.
O 'rapper' Pablo Hasél, detido na passada terça-feira na Universidade de Lérida (Catalunha), tornou-se um símbolo da liberdade de expressão em Espanha, depois de ter sido condenado a nove meses de prisão por, segundo a acusação, insultar as forças de ordem espanholas, glorificar o terrorismo e injuriar a monarquia.
Os factos pelos quais o 'rapper' foi condenado remontam a 2014 e 2016, quando publicou uma canção no YouTube e dezenas de mensagens no Twitter, acusando as forças de ordem espanholas de tortura e de homicídios.
Na segunda-feira, Pablo Hasél barricou-se na Universidade de Lérida, a sua cidade natal, na Catalunha, na companhia de um grupo de apoiantes, mas a polícia catalã conduziu-o à prisão na manhã seguinte, para começar a cumprir a pena.
As manifestações em Barcelona começaram ao fim da tarde desse dia, mas a condenação de Hasél a uma pena de prisão provocou uma onda de protestos em toda a Espanha.
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